António Bolota, Natxo Checa, Rita GT, Luísa Seixas, Eduardo Guerra, Inês Botelho, Mattia Denisse, Gonçalo Pena, Ivo, Ihosvanny, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Carlos Godinho, Kiluanje Hia Henda, Francisco Vidal e Yonamine.
Está a decorrer na ZDB desde início do mês de Outubro uma residência laboratorial de criação no âmbito das artes visuais.
Esta iniciativa reúne catorze criadores, uns, integrados no circuito artístico, outros, no início de carreira, que operam em meios diversificados como a fotografia, filme, instalação, pintura, escultura e desenho O objectivo inicial desta residência foi proporcionar um espaço físico de criação e promover um encontro próximo entre os artistas, motivado pelo desejo dos elementos da ZDB de intensificarem e intercambiarem com os criadores os seus conhecimentos nas práticas intelectuais, artísticas e de produção.
Nos próximos dias 19 e 20 de Janeiro, das 16 às 22 horas, haverá uma abertura de portas ao público. Ao longo dos dois dias, o público terá oportunidade de visitar os locais de trabalho, conhecer obras em progresso e de um modo informal, artistas residentes.
Como é de conhecimento público, a ZDB é uma estrutura inter e multidisciplinar de criação, produção e difusão; apresenta autonomamente conteúdos artísticos; e opera nas artes visuais, performativas e sonoras. Desde os seus primórdios, entre outras actividades, promoveu sem carácter de regularidade residências de criação, facilitou condições de trabalho e produção a inúmeros criadores com intuito de potenciar projectos ou pesquisas pontuais.
Até 2002 a ZDB conservava o espaço Tercenas dedicado a residências de criação artística no contexto das artes visuais. O projecto propunha uma ocupação por um período de nove meses com apresentações regulares trimestrais. Os dois projectos que ali aconteceram foram profícuos e extraordinários tanto na produção de conteúdos como nos avanços estéticos. O primeiro projecto foi liderado por uma série de artistas franceses de Grenoble, de entre os quais Mattia Denise (que integra a actual residência), o segundo em 2001, por João Maria Gusmão e Pedro Paiva. Num assalto ilegal à mão armada promovido por Santana Lopes, o espaço esvaiu-se nas mãos do património da Câmara Municipal de Lisboa.
Por esta experiência actual e pelas anteriores, a ZDB vê necessário na sua programação a integração de residências de criação presididas pela experimentação, pela partilha e pela relação crítica num propósito de produção artística.
A presente residência decorre na ZDB desde Outubro passado e terminará no final de Janeiro. Apresenta a particularidade de reunir um número considerável de artistas visuais que se movem em âmbitos discursivos diferenciados e utilizam plataformas formais diversas, como a imagem em movimento, o desenho, a fotografia, a pintura, a escultura e a instalação.
A maioria dos residentes mantém uma relação prévia e privilegiada com a ZDB, desenvolvida organicamente por diferentes meios: pelo acompanhamento das suas obras, envolvimento na produção de trabalhos, acolhimento em residências anteriores, difusão das suas peças em âmbitos expositivos, ou através da representação da ZDB em contextos nacionais e internacionais – como o convite da Trienal de Luanda à ZDB que ocasionou o inicio de uma relação com os artistas Yonamine, Ilhosvanny e Kiluanje Hia Henda.
Com excepção de três participantes, que estão a finalizar os seus estudos académicos, todos os criadores possuem uma prática regular e individualizada de trabalho em atelier.
O objectivo inicial desta residência foi proporcionar um espaço físico de criação e promover um encontro próximo entre os artistas, motivado pelo desejo dos elementos da ZDB de intensificarem e intercambiarem com os criadores os seus conhecimentos nas práticas intelectuais, artísticas e de produção. Isto porque, nas suas relações profissionais com os artistas, a ZDB equaciona diversos níveis de entendimento: os avanços intelectuais, as relações humanas e as possibilidades da criação/produção artística.
Durante o período da residência, os ateliers estão disponíveis aos criadores 24 horas por dia, semanalmente artistas e trabalhadores da ZDB são convidados a partilhar pequenos-almoços colectivos e uma sessão de cinema sugerida por um dos participantes.
No âmbito dessa relação intensa partilhou-se problemáticas derivadas da criação artística, discussão e interpretação de textos e ideias e, resolução de aspectos técnicos e formais. Neste período foram ainda encetados alguns trabalhos específicos cuja produção caberá à equipa da ZDB.
Nos próximos dias 19 e 20 de Janeiro, das 16 às 22 horas, haverá uma abertura de portas ao público. Ao longo dos dois dias, o público terá oportunidade de visitar os locais de trabalho, conhecer obras em progresso, e de um modo informal, artistas residentes. Convidado a intervir num dos projectos, às 19h de cada dia, Carlos LLavata realizará uma performance.