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800 Gondomar ⟡ M¥ss Keta ⟡ Vaiapraia e as Rainhas do Baile

sex20.10.1722:00
Galeria Zé dos Bois


ⓒVera Marmelo

Festa de apresentação de "Linhas de Baixo", novo disco de 800 Gondomar.

800 Gondomar

Com uma geografia suburbana bem impressa no seu nome, em ‘Circunvalação’ – nome do seu segundo EP – e naquela atitude que faz do mundano um espaço imagético para a exaltação e urgência das canções, este trio de Rio Tinto apresenta na ZDB o seu álbum de estreia – Linhas de Baixo – como quem faz frente ao torpor pela sua via mais libertadora. De uma honestidade desarmante na forma e no conteúdo, foram alavancando o garage à força de verdadeiros hinos ao desenrasque e à vivência dos subúrbios como ‘O Cabeçudo’ ou ‘Lenny’ para darem agora novo passo de afirmação de identidade a testemunhar em primeira mão depois da devastação que foi aquela noite no Aquário com The Sunflowers e Moon Preachers.

Deixando de lado a tacanhez e anacronismo do garage mais revisionista e truncado, apontam em direcções que tanto se fazem do estertor punk de ‘Cordoaria’ ou ‘Cru’, da circularidade quase psicadélica de ‘Eclipse’, do balanço de ‘Miúdos Muito Jovens’ e de um langor ora ternurento (Preguiça) ora desencantado (Cedofeita) com uma convicção e enfoque inabaláveis. Distorção, lirismo de rua e refrões infecciosos, na linha daquele rock estrepitoso sempre contundente de gente como os Sic Alps, The Strange Boys, Thee Oh Sees e armada da De Stilj e que tem vindo a ganhar uma energia vital através muitos putos deste país – dos Panado a Putas Bêbadas – a desenvencilharem-se do tédio em canções de celebração, suor e entrega. BS

Vaiapraia e as Rainhas do Baile

“Rodrigo Vaiapraia começou a fazer quase-canções em meados de 2013 dentro de um quarto-de-dormir setubalense. Depois de uma adolescência com a educação musical feita a ir a concertos, a ver a Courtney Love no Youtube, a falar com amigos e a constantemente não conseguir formar uma banda que não se desmoronasse, o formato “cantautor” surgiu meramente por razões terapêuticas e logísticas. Vendo o modus operandi DIY como a única e melhor alternativa, pegou num teclado da Casio e em demasiados sentimentos e formulou o seu bedroom pop que teve direito a alguns concertos a solo e a um EP produzido por Filipe Sambado e lançado pela Experimentáculo Records. No Outono de 2014, as andanças da diáspora e os caminhos dos astros permitiram que Vaiapraia trabalhasse com Helena Fagundes (baterista brasileira criada no seio do riot grrrl paulista e elemento activo do garage rock lisboeta) e com Shelley Barradas (baixista e guitarrista sul-africana do universo punk e da constante busca de experimentar). Destas migrações e deste encontro feliz, nasceram Vaiapraia e as Rainhas do Baile. Ao longo de 2015, fizeram-se acompanhar nas teclas pelo Van Ayres, o célebre art-freak lisboeta. Preparam um primeiro disco que é fruto desta amizade e que é inspirado pela filosofia riot grrl, pela música pop dos anos 60 e pela vídeo-vigilância não requisitada em que vivem. 2017 é o ano de afirmação de Vaiapraia e contam já com concertos de abertura para bandas como FEELS e THE SHIVAS”

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