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Super Ballet c/ Alabaster DePlume [Esgotado]

qui29.02.2422:00
Galeria Zé dos Bois


Alabaster DePlume ©Niclas Weber

Alabaster DePlume

A ideia de música como diálogo contínuo habita na pele com Alabaster DePlume. Natural de Manchester, de uma família de esquerda, Angus Fairbairn cresceu com a ideia de comunidade, empatia e partilha à sua volta. Passou anos a criar um caminho, um burburinho crescente para quem vivia a vida de Manchester e, depois, de Londres, onde começou a actuar com regularidade no Total Refreshment Centre. O nome Alabaster DePlume tem duas necessidades, a de criar uma persona com nome de artista, para sair da sua casca, sentir-se mais à-vontade e ser mais atraente para quem está do outro lado; e de gozar com a própria ideia disso, o DePlume é o toque que dá essa garantia. Vê-se por aqui que revela humor, presença cativa no trabalho de DePlume, pelo encaixe leve que se entranha para lá de uma ideia de espiritualidade.

Essa combinação, do humor e espiritualidade, serviu-lhe na perfeição quando deu o salto para a International Anthem com “To Cy & Lee: Instrumentals Vol. 1” em 2020, disco que saiu semanas antes do mundo ocidental fechar. “To Cy & Lee: Instrumentals Vol. 1” cresceu durante os meses seguintes e foi ganhando uma audiência, quem o ouvia ia descobrindo um álbum que dialogava consigo, que tranquilizava e que, lá está, oferecia uma calma através da forma mais pura de um “jazz espiritual” com a certeza do humor enquanto algo que provoca sorrisos.

Foi o ponto de partida para Alabaster DePlume chegar a um público alargado, que ficou a conhecê-lo – nos anos seguintes – e como era vê-lo ao vivo, em constante diálogo directo e indirecto com a audiência. Essa faz parte do espectáculo, da celebração, como algo que consolida as ideias de comunidade e harmonia que convivem no que compõem, que tanto soa a jazz, como ambient ou folk, dependendo dos dias ou de como se interpreta o que Alabaster diz. “To Cy & Lee” fechou uma espécie de ciclo, outro inaugurou-se com “Gold – Go Forward In The Courage Of Your Love” (2022) e continuou, já neste ano, com “Come With Fierce Love”. A ideia de comunidade prolonga-se para ideias colaborativas e de integração de como os músicos devem entrar e participar nesta comuna. Respira-se uma atitude livre e, sobretudo, aquilo que se disse ao início, o diálogo contínuo. É música que os músicos falam, com eles, dentro deles, e entre eles, e connosco. E nós, por estarmos cá deste lado, também participamos neste som de paz eloquente, liberto do presente, preocupado em apenas existir, partilhar e sussurrar o que mais ninguém está à-vontade para nos dizer. AS

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