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Alek Rein ⟡ Filipe Sambado ⟡ O Cão da Morte

Dom26.04.1520:00
Galeria Zé dos Bois


Alek Rein
Filipe Sambado
O Cão da Morte ©Inês Brites

Neste regresso à boa onda das matinés de domingo, abrem-se cortinas para três exemplos imparáveis de talento nacional. Alek Rein, Filipe Sambado e O Cão da Morte têm uma lógica de criação e partilha musical cuja produção caseira e as sinergias por sua vez estabelecidas permitem feitos frequentemente extraordinários. Daí que essa cumplicidade una cada um destes nomes que existem a solo, mas que coexistem sempre no colectivo – palavra que é elemento chave neste conto real.

Alek Rein

Alexandre Rendeiro é Alek Rein, voz e espírito de uma folk artesanal que já pairou por diversos locais em Lisboa (esteve inclusive numa das edições da Noite às Novas na ZDB). Roky Erickson, Todd Rundgren ou o mestre Dylan serão focos de luz possíveis num trabalho que revela um perfeito entendimento inato do que vale uma canção alimentada a enigmatismo e formosura. Parece ser então daí que a inspiração de Alek faz irradiar tudo o resto; final de tarde perfeita para desvendar o que vem sendo preparado em estúdio.

voz e guitarra: Alexandre Rendeiro | baixo: Guilherme Canhão | bateria: Luís Barros

Filipe Sambado

Ao virar da página, está Filipe Sambado. De modo discreto ele tem sido o rosto responsável por uma produção musical incrivelmente salutar seja a título próprio, seja com Cochaise ou Chibazqui. O mais recente EP Ups…fiz isto outra vez, lançado o ano passado, faz crer tratar-se de um dos mais notáveis momentos nascidos por cá nos últimos anos e num registo a que lá fora chamariam de bedroom pop. São canções que nunca poderiam ser registadas num estúdio majestoso e impessoal sob risco de um enorme atentado à própria natureza íntima e despojada destas composições. Tabaco, Deita-te ou Gosto Tanto de Te Ver ilustram esse cariz sedutor em que as melodias se alojam confortavelmente na imaginação de cada um. A praia, as palmeiras, as nuvens, a roupa espalhada e os cigarros apagados aglomeram-se numa realidade imaginada ou numa trip vivida em que as canções, sempre as canções, permanecem como polaroids.

voz: Filipe Sambado | guitarra: Alexandre Rendeiro | teclas: Luís Gravito | baixo: C de Crochet

O Cão da Morte

O terceiro vértice da matiné é representado por O Cão da Morte de Luís Gravito. Colaborador assíduo do clã da Cafetra Records, membro da Gentle records, recupera o brilho do indie rock norte-americano tal como a veia de contador de histórias guiado a whisky e fantasmas do passado. É com semelhante agilidade na estética sonora que desenrola as letras hiper-românticas que escreve e que envolve quem o acompanha ao longo de vários discos editados nos últimos anos (e parcialmente disponíveis na sua página do Bandcamp). Custa a crer que esta música tão desenvolta saia de uma mente tão jovem, ainda com tanto para oferecer. NA

voz e teclas: Luís Gravito | guitarra e voz: Ricardo Amaral | baixo e voz: Bernardo Álvares | bateria e voz: Luís Barros | voz: Júlia Reis

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