ZDB

Artes Performativas
Teatro

Apagão

— David Marques e Tiago Cadete

Qua23.05.1821:30
Qui24.05.1821:30
Sex25.05.1821:30
Sáb26.05.1821:30
NEGÓCIO


Em 2017 David Marques e Tiago Cadete colaboraram pela primeira vez e criaram Apagão, um espectáculo surpreendente que acontece completamente no escuro. Apagão estreou em Novembro desse ano, no NEGÓCIO, no contexto do Festival Temps D’Images. Embora a reposição não seja prática comum na ZDB, em certas ocasiões – e na medida em que a maioria das entidades em Lisboa vocacionadas para o acolhimento se abstém de o fazer — justifica-se, possibilitando desta forma o contacto com mais espectadores.

“Na passagem para o século XX, um teatro escuro poderia ter sido chamado de “wagneriano”, referenciando o compositor alemão Richard Wagner. Foi para criar uma maior atenção ao que se passava em cena perante os olhos do espectador que Wagner escureceu a plateia, através dos avanços eléctricos nas luzes para teatro, evitando assim que o libreto da ópera fosse lido e consultado durante a récita. Esta escuridão permitiu uma maior imersão do público no espectáculo e a exploração de efeitos ópticos e ilusões que deram origem ao teatro negro, que explorava o desaparecimento de corpos e objectos sobre um fundo negro que enganava o olhar. Antes disso, o teatro era um espaço para ver e ser visto, dois objetivos que muitas vezes estavam em conflito. Em APAGÃO queremos não só retirar a luz da plateia – como fez Wagner – mas também a do palco que tradicionalmente se ilumina perante o espectador.”
— David Marques e Tiago Cadete

Tiago Cadete

Faro, 1983. Vive actualmente entre Lisboa e o Rio de Janeiro. O seu trabalho situa-se na fronteira entre as artes performativas e as artes visuais. Frequenta o Doutoramento EBA-UFRJ onde é Mestre pela mesma instituição. É licenciado em Teatro pela ESTC. Pós Graduado em dança pela faculdade Angel Vianna. Até hoje, o seu trabalho tem sido apresentado em diversos festivais no continente Europeu, Americano e Asiático. Como intérprete trabalhou com Francisco Camacho, Carlota Lagido, Sílvia Real, Mariana Tengner Barros, Gustavo Ciríaco, Tino Sehgal, Jorge Silva Melo, João Brites, Alfredo Martins. Em 2011 participou no projecto europeu de pesquisa e criação de performance A.D.A.P.T. Das suas criações destaca ‘HIGHLIGHT’,’GOLDEN’ e ALLA PRIMA’. Desde 2009 colabora regularmente com Raquel André, tendo criado as peças: ‘NO DIGITAL’, ‘LAST’, e ‘TURBO LENTO’ com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, GDA e da DGArtes. Colabora com criações para o Serviço Educativo da Culturgest. É artista associado da Eira.

David Marques

Torres Novas, 1985. David Marques é licenciado pela Escola Superior de Dança de Lisboa e frequentou a formação ex.e.r.ce do CCN de Montpellier, dirigida por Mathilde Monnier, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Começou a desenvolver o seu trabalho como coreógrafo em 2007 com o apoio da EIRA em Lisboa. Desde então, tem vindo a apresentar as suas peças em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Ucrânia e Israel. Criou ‘Motor de Busca’, ‘Future Plans’, ‘KIN’ e ‘Conquest’, uma adaptação coreográfica de um solo de Deborah Hay, comissariado pela Fundação de Serralves. Com Ido Feder criou a trilogia ‘Bête de Scène’/’Images de Bêtes’/’THE POWERS THAT B’. Com Tiago Cadete, criou ‘Apagão’, uma peça no escuro. Em 2017 estreou na Culturgest ‘Ressaca’, peça nomeada para os Prémios Autores ‘Melhor Coreografia’. Como intérprete destaca o trabalho com os coreógrafos Loic Touzé, Francisco Camacho, David Wampach, Filipa Francisco, Tiago Guedes, Lucie Tumova, Maya Levy&Anando Mars, com a encenadora Raquel Castro e com Emily Wardill, artista visual.

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