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Beautify Junkyards ⟡ Candy Diaz b2b María P. Dj set

sex27.07.1822:00
Galeria Zé dos Bois


Beautify Junkyards ©
Candy Diaz © Vera Marmelo
Ma

Beautify Junkyards

A banda lisboeta vai trilhando o seu percurso ancestral sedimentado num espírito colectivo que ao longo dos últimos anos tem dado frutos. E voltou a dar: através de extensos ensaios improvisados alcançaram uma nova edição, agora sob o selo da britânica Ghost Box. O terceiro disco, “The Invisible World of Beautify Junkyards”, indicia uma colectânea de ambientes enigmáticos e turbulentos, contudo, sem descurar a cosmic folk que há muito se reflecte na impressão sonora do grupo. A preciosa ajuda de Arthur David (Mão Morta, Orelha Negra, Cool Hipnose) e Jon Brooks num processo criativo recheado de elementos electrónicos, atenua as tradicionais influências do passado, profundamente ligadas ao psicadelismo folk e à tropicália brasileira. O sucessor de “The Beast Shouted Love” tem estado em rotação nas rádios nacionais e internacionais, nomeadamente, BBC2 e KEXP.

Não só de novas tonalidades sonoras vive esta produção, mas para ela é igualmente destacável a colaboração com a violoncelista sueca, Helena Espvall, residente em Lisboa e ex-membro dos americanos Espers, que já leva um sólido trajecto na música de improviso, tendo ainda trabalhado com os experientes Vashti Bunyan e Bert Jansch.

Existe nos Beautify Junkyards uma forma de vida camaleónica, capaz de gerar estratos, texturas cósmicas, fixando-se como uma contemporânea raridade. Grupo embebido por mesclas harmónicas, porém, fortemente inspirados pela kosmiche germânica que, em 2013, resulta inclusive numa versão de Radioactivity dos Kraftwerk. Com este disco chega para abrir uma porta para outro mundo: “The Invisible World of Beautify Junkyards” será apresentado na cálida noite da ZDB. JH

sintetizadores e voz João Branco Kyron voz Rita Vian sintetizadores e viola João Pedro Moreira baixo Sergue bateria e percussão bateria e percussãoAntónio Watts

Candy Diaz b2b María P. Dj set

Habituada desde cedo às festividades Garage/Punk, Candy Diaz nunca conseguiu definir a linhagem das suas preferências unicamente porque não existe nenhuma necessidade de o fazer. Nas suas escolhas, conseguimos visualizar um mundo sem restrições fronteiriças e simultâneamente permeáveis, que vão desde a música cigana da península ao Brasil cheio de fuzz. A descarga latina está sempre presente mas contém também com pop-ups pertinentes pelo continente africano. Congas, palmas, coros gospelianos fervorosos e guitarras que arranham são um pouco da geneologia dos seus sets. As tonalidades da Psicadelia, da Folk e do kraut são também o mote para o programa “Floresta Encantada” da rádio SBSR, do qual é co-autora. Digger preguiçosa mas dj hiperactiva Candy Diaz, de seu nome Ana Farinha, recusa-se a aceitar pedidos, sugerindo portanto que cada alma seja protagonista da sua própria banda sonora.

Quando María P. chegou a Lisboa há dez anos, trouxe com ela os seus discos de vinil e um apaixonado percurso como DJ em rádio e clubes. Focada no Jazz foi colaboradora e jornalista até o nascimento do seu próprio programa de rádio “Rootdown”, que viu a luz do dia em Barcelona e se prolongou por dois anos. Esta experiência proporcionou a possibilidade de abrir horizontes musicais, sendo a música afro-americana dos setenta o eixo desta aventura radiofónica. Já em Lisboa outras sonoridades invadiram os seus sets, misturando sem preconceitos e procurando a singularidade rítmica com rigor de arqueóloga. O seu último projeto é “Electric Rainbow”, um colectivo focado na electrificação do folklore.

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