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Concertos

Blue Lake ⟡ Ravenna Escaleira

seg29.04.2422:00
Galeria Zé dos Bois


Blue Lake ©Alex Kozobolis
Ravenna Escaleira

*Free entry for associates.

Blue Lake

Retrato de um norte-americano em Copenhaga. Blue Lake nasce desse encontro pessoal e em terra originalmente incógnita, plena de estímulos, memórias e projecções numa casa isolada nas montanhas. O espírito irrequieto do multi-instrumentista Jason Dungan leva-o a imaginar uma frequência bucólica e balsâmica que contamina o mais recente álbum Sun Arcs. Disco bravo de propostas que encontram um habitat peculiar entre a folk mais telúrica e as vibrações livres do jazz. Traz melodias enviesadas e busca novas direções às que já estamos familiarizados, recordando iluminárias como Jim O’Rourke, Penguin Café Orchestra, Jeff Parker ou David Grubbs. Usando um zither personalizado de quarenta e oito cordas, guitarra, percussão, clarinete e ainda drum machine, o corpo híbrido de Blue Lake transparece a fugacidade do tempo e a fragilidade dessa consciência. A riqueza das paisagens criadas é tão imensa quanto possível e num inebriante estado quase-meditativo. Apesar da sua abordagem vanguardista, mantém uma linguagem imediata e harmonicamente sedutora em que a improvisação encontra meio.

Tido por muitos como uma das surpresas do ano, Sun Arcs oferece composições delicadas e inconformadas, tão essenciais para um profundo respiro da vertigem do mundo. Isolamento, silêncio e pequenas epifanias que cobram sentido maior na escuta sensorial proporcionada por Dungan. Apresentação imperdível neste arranque de ano. NA

Ravenna Escaleira

Artista originária do Porto, entretanto sediada em Lisboa, após passagens pelo Brasil, Espanha e Itália, naquele que tem sido um processo de autodescoberta que se reflecte na sua música, Ravenna Escaleira apresenta um corpo de trabalho que se estende da música à poesia e às artes visuais. Tendo explorado de forma muito particular e directa a electrónica, sob o pseudónimo de RVN, com o qual deixou algum legado digital e actuações que tanto se acercavam do noise mais cru quanto de texturas quase ambientais, tem, nos últimos anos, desenvolvido uma linguagem ao saxofone nas ruas de várias cidades, experiência vivida na pele e soprada com um lirismo expressivo, próximo da balada mais dorida, e desenhado pelo espaço acústico por onde vai soando.

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