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Caveira ⟡ Rodrigo Amado

qua12.12.1222:00
Galeria Zé dos Bois


CAVEIRA
Rodrigo Amado ©Vera Marmelo

CAVEIRA

Os CAVEIRA. Grande banda portuguesa que até 2010 foi um tumulto, um assalto informe ao edifício devoluto do rock. Poucos ousavam e ousaram competir com as suas guitarras (Rita Vozone e Pedro Gomes) e bateria (Joaquim Albergaria). Só nomes estranhos (Gravitar, Juneau) ou primitivos (Blue Cheer) lhes foram comparáveis.

Quando surgiram em Lisboa no ano de 2005, assistia-se a uma revitalização do power-trio e a um novo cruzamento das energias do jazz, do rock e do noise. E os seus efeitos foram ouvidos numa séries de grupos e projectos nacionais que se libertavam dos formatos tradicionais e dos clichés da história da pop para enfatizarem a produção musical como um devir.
Ao vivo, em estúdio ou em disco, os CAVEIRA estiveram sempre na dianteira desse novo “movimento”, infundindo-lhe substância, volume e expressão – basta recordar o magnífico cd-r “Africa” ou os incríveis concertos na Caixa Económica Operária, no Lux ou na ZDB. E nem a transformação forçada num duo, com a saída da Rita Vozone, veio interromper a vida da banda, pelo menos até Abril de 2010. Nesse mês, Pedro Gomes e Joaquim Albergaria decidiram seguir ramos distintos e a fúria dos CAVEIRA calou-se…para regressar hoje numa nova e intrigante encarnação. Ao lado de Pedro Gomes (guitarra), vão estar André Abel (ex-Aquaparque, Tropa Macaca, na guitarra) e Gabriel Ferrandini (RED Trio, Rodrigo Amado, Nobuyasu Furuya, ACRE, além de manter duos com Pedro Sousa e David Maranha). A nova formação, a julgar pelos recém-chegados membros, promete sonoridades e ritmos diferentes daqueles a que os antigos CAVEIRA nos habituaram. Mas na essência, o tumulto, com outros timbres, texturas e vozes, continuará a ser o mesmo. JM

guitarra eléctrica: Pedro Gomes | guitarra eléctrica: André Abel | bateria: Gabriel Ferrandini

Rodrigo Amado

Nome maior do jazz não-idiomático português, com uma projecção internacional ímpar, o saxofonista Rodrigo Amado celebra este ano 30 anos de carreira. Esta efemeride será assinalada pela edição de ‘Un Certain Malaise’ (edição Assírio & Alvim e Documenta), crónica visual com imagens da sua autoria, pelos concertos com Joe McPhee, Kent Kessler e Chris Corsano, mas também por esta apresentação rara, a solo, na ZDB. Sem memória, sinuosamente intuitivo, o sopro livre de Rodrigo Amado tem conhecido nos últimos anos um avanço decisivo, autêntico, alicerçado numa torrente colaborativa apátrida que o tem juntado a improvisadores de excepção como Paal Nilssen-Love, Jeb Bishop, Taylor ho Bynum, Manuel Mota, Kent Kesser ou Rafael Toral, entre muitos outros. De disco para disco, de digressão para digressão, Rodrigo Amado ganha fôlego. E há fogo nisso.

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