No panteão de improvisadores maiores deste tempo, Chris Corsano merece um lugar especial. Pela técnica e ousadia que lhe é reconhecida, o baterista tem estado presente em diversas manifestações musicais, independentemente dos géneros em causa. Esta posição versátil, sem demandas puristas de maior, já justificou um extenso e impressionante capítulo de colaborações figurando gente como Joe McPhee, Jim O ‘Rourke, Evan Parker ou inclusive a própria Bjork, sempre atenta aos movimentos externos do lado de fora da pop. Volvidos quatro anos desde a última aparição de Corsano por cá, sob o combo vulcânico Flower-Corsano Duo, ei-lo de regresso. Por tudo o que acima é exposto, não há como não conceber cada actuação sua, a solo ou no colectivo, como um momento único. Para mais quando se faz acompanhar por dois ilustres elementos constituídos por Pedro Gomes e Pedro Sousa. À guitarra de um, acrescente-se o saxofone do outro; cordas e sopros difíceis de prever quanto à forma, mas de valor inquestionável na medida como se deverão enquadrar nesta criação a três. NA