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Música
Concertos

Dead Meadow

sex11.10.1322:00
Galeria Zé dos Bois


Não é fácil impor categorias musicais aos Dead Meadow mesmo quando os motivos para tal são relativamente inocentes. Banda fundada na cidade de Washington, D.C., em 1999, por Jason Simon (voz e guitarra), Steve Kille (baixa) e Mark Laughlin (bateria), nunca ficou com a nitidez necessária nas fotos “oficiais” do stoner-rock. A (suposta) falta de autenticidade (os Dead Meadow não vinham do deserto, nem do noroeste) e uma certa inclinação para a pop explicam o percurso desviante e a inevitável desatenção de alguma crítica. Nunca foram populares, nunca foram uma banda de culto (pese embora terem cedido duas canções à série televisiva The Wire).nEm contrapartida, com algumas pausas pelo meio e alterações na formação inicial, têm construído uma bela discografia que traz ao rock um precioso langor. É música feita de riffs, sim senhor, e de batidas duras e precisas, mas também de melodias e glissandos graciosos. E depois há a voz espectral de Jason Simon, o excelso domínio do feedback e da distorção. A aparição certa e insinuante do sitar. Há Jimi Hendrix, Bluee Cheer, John Cipollina, Pentagram. Há Beatles, Pavement, Byrds. E levando este delírio um pouco mais longe: há Jim Jarmusch e Paris, Texas. Às tantas parece um caleidoscópio demasiado confuso ou, pior, um potpourri sonoro. Parece, mas não é. Os Dead Meadow cultivam a força dramática das canções e os instrumentos servem esse intento. Dito de outro modo, esta é uma banda que, com os seus instintos e sentimentos, desaparece e cintila sob os seus sons. E Warble Womb, o recentíssimo álbum de originais, é uma prova cabal dessa sublimação. Como também vai ser este concerto. JM

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