ZDB

Artes Performativas
Performance
Teatro

EDIT

— de Francisco Campos

17.06 — 20.06.15
Rua de O Século, nº 9 porta 5


O NEGÓCIO volta a colaborar com o Projecto Ruínas e, após uma residência, apresenta a estreia da nova criação de Francisco Campos.

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Um casal convida um estranho ou estrangeiro, enfim, uma figura misteriosa, para um jantar na sua casa. O casal não consegue esconder as suas verdadeiras motivações e vai deixando escapar, à mesa de jantar, sugestões de curiosidade, de caridade, de perversão sexual ou simplesmente de fuga à rotina. Entre as conversas de circunstância e gentilezas de anfitrião, percebe-se que o estranho não fala a mesma língua dos dois. Esta personagem muda, perdida na banalidade da situação, revela-se a única coisa normal deste universo.

Projecto Ruínas

O Projecto Ruínas iniciou-se em 2000, criando espectáculos em espaços abandonados e em ruínas. Na altura cruzavam-se diferentes áreas artísticas, mas a marca fundamental era a improvisação e a técnica bufão. Os conteúdos tinham origem nesta técnica que assenta na máscara do corpo, fazendo o actor privilegiar o impulso físico, evitando a interpretação mental e psicológica. O actor-bufão só tem o rosto visível, criando uma máscara invertida. Aos poucos, o Ruínas abandonou a máscara física e evoluiu para uma estética mais “realista”, ou mais contida se assim se pode caracterizar, mas manteve a inversão da máscara e o prazer de ser pequeno, que continua subjacente nas personagens e criações. A criação de espectáculos e textos a partir de improvisações – o devising, estabeleceu-se como método a partir de 2004, para fazer aparecer uma nova dramaturgia, original e inspirada em temas contemporâneos e o movimento torna-se um elemento fundamental para a evolução do trabalho. A partir de 2012, o Ruínas desenvolveu um novo processo de criação, centrado numa abordagem física em detrimento do trabalho a partir do texto. Radicado em Montemor-o-Novo, beneficia dos apoios da autarquia e dos agentes culturais locais. Em 2009, o Ruínas passou a ser subsidiado enquanto estrutura pela Direcção Geral das Artes, no programa de Apoios Directos 2009-2012, através de três subsídios anuais consecutivos. Em 2013 integra o Projeto M em parceria com o Espaço do Tempo, Oficinas do Convento e Alma d’Arame, nos apoios tripartidos da Direcção Geral das Artes.

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