O Projecto Ruínas iniciou-se em 2000, criando espectáculos em espaços abandonados e em ruínas. Na altura cruzavam-se diferentes áreas artísticas, mas a marca fundamental era a improvisação e a técnica bufão. Os conteúdos tinham origem nesta técnica que assenta na máscara do corpo, fazendo o actor privilegiar o impulso físico, evitando a interpretação mental e psicológica. O actor-bufão só tem o rosto visível, criando uma máscara invertida. Aos poucos, o Ruínas abandonou a máscara física e evoluiu para uma estética mais “realista”, ou mais contida se assim se pode caracterizar, mas manteve a inversão da máscara e o prazer de ser pequeno, que continua subjacente nas personagens e criações. A criação de espectáculos e textos a partir de improvisações – o devising, estabeleceu-se como método a partir de 2004, para fazer aparecer uma nova dramaturgia, original e inspirada em temas contemporâneos e o movimento torna-se um elemento fundamental para a evolução do trabalho. A partir de 2012, o Ruínas desenvolveu um novo processo de criação, centrado numa abordagem física em detrimento do trabalho a partir do texto. Radicado em Montemor-o-Novo, beneficia dos apoios da autarquia e dos agentes culturais locais. Em 2009, o Ruínas passou a ser subsidiado enquanto estrutura pela Direcção Geral das Artes, no programa de Apoios Directos 2009-2012, através de três subsídios anuais consecutivos. Em 2013 integra o Projeto M em parceria com o Espaço do Tempo, Oficinas do Convento e Alma d’Arame, nos apoios tripartidos da Direcção Geral das Artes.
