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Festival Granular 2015

sex05.06.1521:00
sáb06.06.1515:00
Galeria Zé dos Bois


Funcionando enquanto celebração da actividade que esta associação tem vindo a promover nos meandros das artes mais experimentais desde 2002, o Festival Granular 2015 ocupa o espaço da ZDB numa espécie de centro de pesquisa aberto, onde são revelados alguns dos caminhos em exploração contínua que fazem da Granular uma pedra basilar nos avanços da música mais desafiante – da electrónica mais abstracta às gravações de campo, passando pela improvisação lower case e tangentes ao jazz ainda sem prefixo próprio.

Encarnando o espírito de descoberta que tem marcado o percurso da Granular, estas noites promovem encontros mais ou menos inusitados entre diversos músicos cujo trabalho tem vindo a delinear a sua possível identidade – sempre em mutação, como é premente neste caos. Um trabalho meritório que urge reconhecer, aqui celebrado por algumas das suas figuras mais fulcrais.

Jorrit Disktra, João Madeira, Nuno Morão, Paulo Chagas e Fernando Simões

A abertura do festival faz-se com um ensemble ad-hoc que põe o holandês Jorrit Dijkstra em contacto com músicos cuja actividade ao longo destes anos, em campos afectos ao jazz mais livre, é já reconhecida. Dijkstra, saxofonista com trabalho sobejamente reverenciado em diversas formações – The Whammies, Bolt e duos com o baterista John Hollenbeck e o trombonista Jeb Bishop – a residir nos Estados Unidos, encontra em João Madeira (contrabaixo), Nuno Morão (bateria), Paulo Chagas (flauta) e Fernando Simões (trombone) cúmplices perfeitos para se atirarem a uma música sem rede.

saxofone, lyricon, electrónica: Jorrit Dikstra | contrabaixo: João Madeira | percussão: Nuno Morão | flauta: Paulo Chagas | trombone: Fernando Simões

Abdul Moimême e João Silva

O Aquário recebe o encontro de Abudul Moimême com João Silva. Usando a guitarra eléctrica como meio para uma expressão singular fora dos trâmites de execução convencional, ambos os músicos procuram dotá-la de novas abordagens recorrendo ao uso de diversos objectos e parafernália pouco convencional, numa exploração sincrética de sons incatalogáveis de detalhe minucioso.

guitarra preparada: Abdul Moimême | found objects, laptop, electrónica: João Silva

Paulo Curado, Miguel Mira, Bruno Parrinha e Tomás Freire

A fechar este primeiro dia, os sopros de José Bruno Parrinha (clarinete) e Paulo Curado (saxofone) enredam-se numa narrativa aberta com o incansável Miguel Mira (contrabaixo) e a voz de múltiplos recursos de Tomás Freire. Quatro músicos em estado de graça, num desafio simbiótico de onde se erguem novas formas de jazz ainda por cartografar

saxofone: Paulo Curado | violoncelo: Miguel Mira | clarinete: Bruno Parrinha | voz: Tomás Freire

Workshop c/ Jorrit Disktra

Durante a tarde, Jorrit Dijkstra conduz um worskshop sobre exercícios e técnicas de improvisação.

ZNGR Electro-Acoustic Ensemble e João Pedro Viegas

Formação liderada pelo lendário Carlos “Zíngaro” (violino e electrónica), onde pontificam também os ilustres Emídio Buchinho (guitarra eléctrica e electrónica) e Carlos Santos (laptop e electrónica) e que se une aqui ao clarinete baixo de João Pedro Viegas. Músicos cujo currículo extenso, de procura constante, nos deixa com a certeza de que quaisquer noções mais ou menos formatadas em torno da electro-acústica serão certamente postas em questão com labor e minúcia apaixonantes.

violino, electrónica: Carlos “Zíngaro” | guitarra elétrica, electrónica: Emidio Buchinho | laptop, electrónica: Carlos Santos | clarinete baixo: João Pedro Viegas

Pedro Carneiro, Miguel Falcão e Ulrich Mitzlaff

Pedro Carneiro (marimba), Miguel Falcão (contrabaixo) e Ulcrich Mitzlaff (violoncelo) apresentam uma formação pouco habitual, numa música telúrica de forte chamamento, onde as cordas em expansão de Falcão e Miztlaff se confundem de forma beatífica num vórtice envolvente com os sons da marimba de Carneiro.

marimba: Pedro Carneiro | contrabaixo: Miguel Falcão | violoncelo: Ulrich Mitzlaff

Miguel Carvalhais e Vitor Joaquim

O festival encerra-se com o duo de electrónica de Vítor Joaquim e Miguel Carvalhais. Artistas incansáveis numa pesquisa sempre premente em torno das possibilidades infinitas da electrónica – do drone à abstracção – que se encontram aqui em campo aberto, num acerto indelével de progressão sensorial, com vista a resultados tão imprevisíveis quanto gratificantes.

laptop, electrónica: Miguel Carvalhais | laptop, electrónica: Vitor Joaquim |

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