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‘Frágil’, um filme de Pedro Henrique (filme + concertos)

— Caroline Lethô ⟡ PeterGabriel ⟡ peterr ⟡ Putas Bêbadas

sáb03.09.2219:00
Galeria Zé dos Bois


'Frágil', de Pedro Henrique
Caroline Lethô
PeterGabriel © Sara Rafael
peterr
Putas Bêbadas

‘Frágil’ de Pedro Henrique

Tu estás com muita pressa
De ir p’ra essa barulheira
Passar oito horas a alienar
Mas isso tu já fazes
De segunda a sexta-feira
E no Club
És tu a pagar

Pedro Henrique
Pedro Henrique é licenciado em Montagem pela ESTC-Lisboa e tem um Mestrado em Filosofia pela FLUL. Acaba de terminar as suas duas primeiras longas-metragens de ficção e já realizou algumas curtas-metragens. Além do cinema, trabalha também como DJ e produtor musical e está a fazer um doutoramento em Artes. É também membro do colectivo político Stop Despejos, que luta contra os processos de gentrificação e privatização do espaço público em Lisboa.

Filmografia do realizador
– “Homens do Mar” (2014), curta-metragem documental (filme de escola)
– “Susana” (2016), curta-metragem de ficção (filme de escola)
– “A Minha Casa É A Minha Vida” (2021), curta-metragem documental
– “Entre Cão e Lobo” (2021), longa-metragem de ficção
– “Frágil” (2022), longa-metragem de ficção

Caroline Lethô

Caroline Lethô é uma jovem artista com um coração old-school e um verdadeiro espírito de raver. A sua paixão por transformar as pistas de dança em playgrounds mágicos, onde todos os ocupantes podem se perder, levou Carolina a aperfeiçoar a sua tarefa como DJ e produtora. A atmosfera simultaneamente densa e leve do Sul transparece na música que faz e na música que escolhe tocar: a sua espiral de referências tem o acid e o groove como pontos focais de uma viagem livre (mas habilmente conduzida) pelos recantos mais cativantes da música de dança.

A alumni da RBMA 2018 tem espalhado a sua magia por Portugal e pelo mundo há algum tempo e está empenhada em usar o seu tempo com sabedoria – investindo tudo em ter mais e melhores ferramentas internas para colecionar, brincar, colaborar, criar, produzir, divulgar e tocar mais e melhor música. Uma artista confiante e aventureira para além de sua idade. Usem a cabeça apenas para uma coisa: memorizar o seu nome.

PeterGabriel

Hard working duo já com anos de notória camaradagem, cumplicidade e amor mútuo, recuando aos inícios das lides de Gabriel Ferrandini e Pedro Sousa nos meandros destas músicas sem rede – o jazz, a improvisação, a liberdade – e que chega agora a um fim. Durante este tempo todo, foram crescendo em uníssono, deixando na memória aparições públicas sempre vitais, muito pouca obra gravada em duo – apenas ‘Má Arte’ pela Favela Discos – e extensões para fora do núcleo nas configurações de Casa Futuro, Volúpias e uma catrefada de colaborações que não cabe numerar. Primeiro com a sobriedade jazzy dos nomes próprios e mais recentemente a assumir a óbvia piada plena de sentido de PeterGabriel. Levantando o dedo do meio à “condição” da arte e do meio artístico PeterGabriel encerram-se a si mesmos e a nós com uma performance/instalação que pega de soslaio nas premissas de um jogo criado em parceria com o outro Peter Gabriel em meados dos noventas chamado ‘Eve’. Aqui, Eva e o seu apetite imoral libertaram-nos, a nós, da alçada inquisitiva de Deus nosso senhor e assim celebramos o espaço e o tempo sem regras. A liberdade, portanto, que sempre guiou, de uma ou outra maneira, estes dois. BS

peterr

peterr é Pedro de Lisboa. Cozinheiro razoável, raver lendário. Host na Rádio Quântica, co-fundador da label Sombra. Música editada sob vários nomes na Golden Mist Records, Low Income $quad, Fungo, Intera, Paraíso, Artic Dub.

Putas Bêbadas

Viver não é só Lisboa
Mas é em Lisboa que vivemos
Se é que se pode chamar vida
A este carrossel desconexo
(Miserável tentativa de sucesso)
Raios parta o Indie caneco

Ressaca pós ressaca pós ressaca
Esbate pouco a pouco o reflexo
Desse pecado capital que é o progresso
(No seu livro de poesia matraca
É assim que o Abras lhe chama)
Mas as palavras não salvam a cidade
E o que antes era esgoto vira conserva
De qualidade mais ou menos mediana

Resistem-lhe pois as amizades:
Não dá pra conservar umx amigx
Como se conserva a sardinhada
Que consome a turistada
À procura das saudades!
Ora contra tal (gentrificada)
Genuflexão
Resistimos bêbadas drogadas
Com o orgulho de bus e ex buds
E de todxs xs buds que virão

por Horácio Boavida

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