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Concertos

Hayden Pedigo apresenta ‘I’ll Be Waving As You Drive Away’ ⟡ P.S. Lucas

qua24.09.2521:00
Galeria Zé dos Bois


Hayden Pedigo | © Jackie Lee Young
P.S. Lucas © João Sanchez

Hayden Pedigo

Após estreia na ZDB no ano que passou e em digressão ininterrupta ao longo deste período ao lado de nomes como Devendra Banhart ou Jenny Lewis, o mui carismático Hayden Pedigo regressa a este palco com o novo ‘I’ll Be Waving As I Drive Away’ ainda bem fresco no catálogo da Mexican Summer. Último tomo daquela que o próprio veio a definir como a sua “Motor Trilogy”, completando o tríptico iniciado com ‘Letting Go’ e ‘The Happiest Times I’ve Ever Ignored’, ‘I’ll Be Waving As I Drive Away’ volta a explorar as paisagens da América mais profunda com um sentido de visão cada vez mais apurado. Contando novamente com capa de Jonathan Phillips, como elo de ligação entre os três discos, num processo que não obedeceu a um plano prévio mas se foi delineando organicamente, este novo álbum revitaliza a herança sempre em aberto da American Primitive Guitar de John Fahey com recurso a um fingerpicking despojado de virtuosismos que tece linhas melódicas memoráveis e imbuídas numa imagética tão particular quanto apelativa. Iluminadas por arranjos de sintetizador, violino ou pedal steel, tais melodias ascendem a uma espécie de psicadelismo contemplativo, de uma melancolia doce que absorve a imensidão on the road para a recolher em temas de uma fluidez quase casual, não completamente desligadas das malhas de ‘Halfway to a Threeway’ ou ‘Bad Timing’ de Jim O’Rourke avivadas por micro dosing. Da lazeira boa e da emoção subtil. Mas plena. BS

P.S. Lucas

P. S. Lucas tem vindo a aperfeiçoar a arte de fazer canções há já algum tempo. A estreia a solo “In Between” trazia os ecos dos mestres da escrita de canções da era moderna – de Cohen a Callahan, de Drake a Brassens – mas com uma assinatura muito própria. O recém-lançado Villains & Chieftains é mais uma revolução silenciosa, e uma que continua a mexer com os corações dos seus ouvintes. A música de Lucas emana uma luz que não se encontra em mais lado nenhum, uma tonalidade que só aqui se reconhece: parte azul, parte sépia, parte mar, parte terra, parte presente, parte memória, parte silêncio, parte estremecimento.
Natural das ilhas dos Açores, a meio caminho entre o velho e o novo continente, fez uma longa viagem a Copenhaga antes de regressar à cidade do seu coração: Lisboa, Portugal. P.S. Lucas foi a mente por detrás da extravagância electro-folclórica O Experimentar, já em 2010, e a metade mais nova da dupla MEDEIROS / LUCAS, autores de uma trilogia aclamada pela crítica composta por Mar aberto (2015), Terra do Corpo (2016) e Sol de março (2018).
Nos seus espectáculos a solo viaja por todo o espólio da sua carreira, bordando canções faladas em português e inglês, improvisações de guitarra dedilhada e processamento eletrónico de som.

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