Beatriz Bizarro e Inês Tartaruga Água estreiam, nas segundas na z, a sua mais recente colaboração: “Heart Beat Core”, um projecto que cruza os novos media com a dança e a composição musical. A partir de uma interface humano-computador, o movimento e o som são mediados por um dispositivo electrónico que capta o batimento cardíaco da performer e o traduz em tempo-real. A composição sonora resulta da transformação de uma paisagem cardíaca que se desenvolve com o movimento e encontra variações quer pelo esforço, quer pelo repouso do corpo. Numa relação de biofeedback, os dados biométricos são o próprio estímulo de criação, na qual a resistência do corpo e a sua capacidade de autorregulação apontam para uma circularidade de interacções e dependências. É um projecto que articula dinâmicas entre corpo, máquina, movimento e som. Para as segundas na z será apresentada a performance que contará também com uma componente instalativa onde o público poderá interagir com a interface criada.
HEART BEAT CORE ~ segundas na z
— de Beatriz Bizarro e Inês Tartaruga Água
Inês Tartaruga Água
(1994) Fazedora multidisciplinar, entusiasta da regeneração radical, exploradora sonora e adepta da filosofia DIY bem como de práticas colaborativas e participativas em espaço público. Participa em exposições colectivas desde 2013, onde se destacam “Убежище / Suoja / Shelter Festival – Laboratory” (Helsínquia, 2019), «48 часов Новосибирск» (Sibéria, 2019), ou “Derivas e Criaturas – Novas aquisições da coleção municipal de arte” e “O Afeto da Escuta” (Porto, 2021 e 2023). Água passou por várias casas como o Atelier Logicofobista, Casa das Conchas, Galeria Dentro, Galeria Zé dos Bois, RadialSystem, Kunsthalle Freeport, Casa de Serralves, OCCII ou La Pointe de LaFayette. Co-fundadora do colectivo REFLUXO e DIES LEXIC. Integra o coletivo artístico internacional “Mycelium” (RU, DEN, IT, EUA e PT) e “MOSCXS” com sede no Porto.
Beatriz Bizarro
(1994) Trabalha individualmente e em colectivo em Artes Plásticas e Artes Performativas.
Da apresentação do seu trabalho destaca: a participação em POSTE/QUALIA #03 (2024), WEAVE UP!/Ideias Emergentes (2023-), POSTE/Galeria Extéril (2023), “Primeiro Fascículo”/PARALAXE (2022), Exposição Internacional CONTEXTILE com o Colectivo PLASMA (CCVF, Guimarães, 2021); o prémio Infanta Dona Maria Francisca (categoria de Escultura, 2020); a cocriação de “Everything Is Really Good” (Palcos Instáveis/TMP, 2018) e de “Gliese 436b” (Prémio de Performance, Autofocus#09 Vanni Occhiali – Nesxt Independent Art Festival, Turim, 2017). Colabora desde 2019 com a DENTRO, na produção e direcção artística do espaço.