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Jasmim ⟡ Cian Nugent

— Apresentação de "Culto da Brisa" de Jasmim

sex08.02.1922:00
Galeria Zé dos Bois


Jasmim
Cian Nugent

Jasmim

Quem se lembra de Martim nas andanças rock, no coração da família SpringToast e por cima dos teclados de Mighty Sands, certamente não será indiferente às incursões folk sob o alter-ego de Jasmim. Após ter surpreendido com a demo “Primavera” em 2016, Jasmim tornou-se num caso sério do nosso espectro musical contemporâneo. Em 2017, afirmou-se pela mão de “Oitavo Mar”, vinculou-se à lírica bucólica e alcança agora o “Culto da Brisa”, disco de plena contemplação e invariáveis arranjos ancestrais. Os raios de Sol que teimam em esventrar copas de árvores, o sopro da brisa que teima em acelerar a dança das folhas, são sobretudo velocidades díspares que suportadas na delicadeza da flauta ou no dedilhar da guitarra seguram as evocações de Jasmim. “Culto da Brisa” é uma fuga veloz aos ritmos urbanos, ao frenesim das rotinas, aos tempos acelerados, tornando um conjunto de instrumentos num rio que corre sereno para sul. Nesta serenidade solarenga assenta a voz de Jasmim que cai como seda para os nossos ouvidos, condutora que nos leva até planícies quentes ou prados verdejantes, onde há rio e campos de trigo, mas sobretudo há paz, como aliás evoca: “Acabou-se a guerra, quero paz”. É com plenitude que Jasmim se debruça num cruzamento de influências que tocam no psicadelismo, na folk americana ou na música popular portuguesa, trata-se de um cardápio enriquecedor e multi-instrumentalista, que se prova mesmo com os côros de “Aqui, Agora”, primeiro single do álbum. Uma viagem imperdível até ao sul ou até onde quisermos, porque afinal ele quer que sejamos livres, tão livres como a sua música, que certamente levantará a alma do aquário da ZDB. JH

voz, guitarra e piano Martim B. Teixeira flauta transversal, sintetizadores e voz Violeta Azevedo baixo e voz Bia Diniz bateria e sampler Humberto J. Dias teclados, guitarra, percussões e voz Alexandre Guerreiro violino Francisco Ramos sintetizador Rui Antunes

Cian Nugent

‘Night Fiction’ (2016) é o terceiro disco de Cian Nugent, no entanto é o primeiro a solo. 7 canções, entoadas ora a solo ora acompanhado pela sua banda, ali mostra-nos um pouco de tudo o que já fez antes à medida que desvenda uma renovada paleta de cores e influências musicais, das quais se destacam The Velvet Underground, Richard Thompson, Television, Neil Young, John Lennon, Fred Neil, etc. Uma estreia na ZDB que certamente não deixará ninguém indiferente.

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