ZDB

Música
Lançamentos

Lançamento do livro KATHY ACKER 1971—1975

— com Joana Guerra, dUAS sEMIcOLCHEIAS iNVERTIDAS e BA+NU É & António Caramelo

sex18.10.1920:00
Galeria Zé dos Bois


Lançamento da primeira edição inglesa dos escritos inéditos de Kathy Acker, compostos no início da década de 70, com música de Joana Guerra, dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS e BA+NU É & António Caramelo.

Nesta noite assinala-se e celebra-se o lançamento do livro KATHY ACKER 1971-1975 , pela Éditions Ismael. A primeira edição inglesa dos escritos inéditos de Kathy Acker compostos no início da década de 70. Um volume de 656 páginas, ilustrado e anotado com várias contribuições críticas, que permite ao leitor descobrir a grande variedade das práticas experimentais desenvolvidas por Kathy Acker, numa fase determinante da sua vida, em que se divorciou do seu marido, iniciou a carreira de escritora experimental e trabalhou na indústria pornográfica (cinema, sex show e strip-tease).

Às 20h00 , será projectado um filme de 1974, Blue Tape, dividido em duas partes sendo a projecção da segunda uma estreia internacional. Realizado por Kathy Acker e pelo artista conceptual Alan Sondheim este filme, à semelhança dos vídeos de Vito Acconci, explora as relações entre intimidade, sexualidade, pornografia, identidade, desejo, memória e linguagem. (Duração: 1h30).

A partir das 22h até às 3h, haverão concertos de músicos que acompanharam este projecto da Éditions Ismael. Por ordem de actuação: Joana Guerra, dUAS sEMIcOLCHEIAS iNVERTIDAS, BA+NU É (Bernardo Álvares e Inês Vegetal) & António Caramelo (live act com projecções + Dj set).

Kathy Acker

Kathy Acker (1947-1997, Nova Iorque) foi uma dos escritoras experimentais mais influentes nos EUA e na Inglaterra entre 1970 e 1995. É particularmente reconhecida pelo uso da técnica da apropriação e da reescrita de textos de outros autores, pelo uso inconvencional do sujeito na primeira pessoa desafiando assim o princípio de identidade, e pelo recurso a estados de consciência alterada, como o sono ou a masturbação, para descobrir novas disposições para a escrita (o que ao longo da sua obra se traduziu muitas vezes numa linguagem pornográfica). Foi no início dos anos 70, no contexto da vanguarda artística em Nova Iorque e São Francisco que Kathy Acker desenvolveu a sua prática experimental. Foram vários os artistas que de forma determinante ajudaram e influenciaram Acker no início desta década: Bernadette Mayer e os poetas experimentais do St Mark Poetry Project em NY, William Burroughs, David Antin e Eleanor Antin, Lawrence Weiner, Dan Graham, Vito Acconci, Sol LeWitt, Robert Ashley, Jackson Mac Low, Ron Silliman. Foi com Dom Quixote (1986) e Empire of the Senseless (1988) que Acker atingiu um público mais alargado, especialmente na Inglaterra onde rapidamente se tornou num ícone da cultura pop, feminista, artística e intelectual. É especialmente nos últimos 10 anos que uma nova atenção recai sobre a sua obra, no reconhecimento de um estilo e linguagem precursores de estéticas e práticas de pensamento contemporâneas.

Próximos Eventos

aceito
Ao utilizar este website está a concordar com a utilização de cookies de acordo com o nossa política de privacidade.