ZDB

Projecto Educativo
Performance

LUSOLOSS

— Performance de Otelo M.F.

sáb09.12.1722:00
NEGÓCIO ZDB


© Otelo M.F.

Otelo M.F., o artista que apresenta pela primeira vez o seu trabalho de forma extensiva em Lisboa na exposição Chama Xamânica, retorna à Galeria Zé dois Bois para um evento único: LUSO LOSS. Esta performance divide-se em três fases principais: Nigredo, Umber e Albion, que podem ser entendidas como uma grelha operativa em que diferentes processos se fundem e se consubstanciam e que materializam transições entre estados de consciência: rituais de presença e lugar, padrões de respiração e vulnerabilidade, o corpo e o seu duplo, tácticas de auto-preservação e, como resultado, uma abordagem D.I.Y. à espiritualidade.

Prognósticos, predições ou previsões não podem ser alcançados por intermédio da razão quando lidamos com situações inéditas. LUSOLOSS é uma meta-arena para a ativação e a experimentação baseada em ideias etéreas e nos seus significados bifurcados e entrelaçados, ainda não claramente definidos ou resistindo a significados objetivos – o espaço de confrontação com o que não sabemos que não sabemos.

Como um redemoinho, LUSOLOSS conglomera e compacta elementos díspares de forma centrífuga, obrigando forças antagónicas a tornarem-se noutra coisa. O foco principal deste evento encontra-se no elemento que gerou a vida na Terra – a Água –, nas potenciais ameaças à sua potabilidade e na insistência incongruente em políticas relacionadas com a inteligência artificial e quântica, quando o essencial é  desconsiderado e sua escassez não é combatida. Toxicidade, radioatividade, nano-robótica, poeiras inteligentes ou microplásticos – todos eles são insípidos, invisíveis, maioritariamente indetectáveis a olho nu e começam a abundar. Tendo esta constatação como ponto de partida, o antídoto deve derivar de uma reflexão consciente sobre as sutilezas de tais matérias, incluindo seus aspectos bizarros e hipereais.

LUSOLOSS divide-se em três fases principais: Nigredo, Umber e Albion. Estas podem ser entendidas como uma grelha operativa em que diferentes processos se fundem e se consubstanciam e a partir da qual se materializam transições entre estados de consciência: rituais de presença e de lugar, padrões de respiração e vulnerabilidade, o corpo e o seu duplo, tácticas de auto-preservação e, como resultado, uma abordagem D.I.Y. à espiritualidade. O seu formato, proposto sem qualquer ensaio geral e inspirado tanto na
Estética do Risco quanto na Estética do Fracasso, deriva de motores improvisados, intercalados com memórias, adoptando observações bilaterais entre o sujeito e a audiência. Deste modo, procura verificar, em tempo real, se ele mesmo provém de uma fonte artística ou gesto poético ou se se revela, afinal, ser o trabalho de um trapaceiro representando a escandalosa ”personificação da ambiguidade”. Ou ambas.

Otelo M.F.

Otelo M.F.

Otelo M.F., (Almancil, 1974) trabalha entre o Algarve e Londres, cidade onde, desde 2008, reside durante largos períodos do ano. Entre as suas exposições recentes contam-se Chama Xamânica, Culturgest Porto (2016); The lynx knows no boundaries, Fondation Richard, Paris (2015); Interface Makonde e Oracular Spectacular, desenho e animismo, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães (2013 e 2015, respectivamente); Instruments of quasi-null consequence, Galeria Clages, Colónia (2014); Algarve Visionário, Excêntrico e Utópico, Museu Municipal de Faro, Faro (2010).

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