MASSACRE é a quinta performance que Paulo Castro realiza na ZDB, depois de WAKE UP HATE 2004, RED SKY 2006 (NEGÓCIO), REGINA CONTRA A ARTE CONTEMPORÂNEA 2007 (NEGÓCIO) e YOUR MONEY IS MY BLOOD 2010 (ZDB). Em Portugal Paulo Castro trabalhou enquanto encenador e actor no Teatro Nacional São João (Porto). Dirigiu ainda o projecto “categoria 3.1” no Hospital Psiquiátrico Conde Ferreira integrado no ciclo Elogio da Loucura. Encenou textos de Heiner Muller, Beckett, Dostoievsky, Arrabal, Paul Auster, entre outros. Posteriormente residiu em Berlim e em conjunto com Jo Stone criou a companhia Stone/Castro (2003). Tem apresentado seu trabalho por países como França, Espanha, Austrália, Islândia ou Portugal. Ao longo da sua carreira tem também realizado vários filmes que têm circulado internacionalmente. Actualmente e desde 2006 reside na Austrália onde estreou recentemente Superheroes, criado com Jo Stone que obteve um enorme sucesso nas cidades de Adelaide e Melbourne. Provavelmente o mais internacional dos encenadores portugueses, Paulo Castro teve já os espectáculos “B-File” (2007) e “Tom The Loneliest” (2010) nomeados para os Melbourne Green Room Awards, dos mais importantes prémios de teatro da Austrália. Dirigiu para a companhia Brink productions Footsoldier de Nikki Bloom. Finalizou recentemente o texto intitulado Underground para a AC ARTS Adelaide. Em Melbourne participou como performer no trabalho Black Marrow da companhia Chunky Move para o Festival Internacional de Melbourne.
Massacre
— Paulo Castro e John Romão
Em Agosto a ZDB volta, com muito gosto, a colaborar com Paulo Castro e John Romão e acolhe no NEGÓCIO a residência de criação e estreia da peça Massacre.
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O vencedor do Prémio Nobel da Paz foi entregue ao preso politico chinês Lio Xiaobo, que não pôde ir receber o prémio. A China obrigou vários representantes políticos a não estarem presentes na cerimónia de entrega, como forma de protesto. O actual presidente de Timor Leste e antigo preso político, José Ramos-Horta que recebeu o Nobel da Paz em 1996, em condições similares às de Xiaobo, obedeceu às regras chinesas. É neste contexto dúbio que a peça vai ter lugar: o dinheiro como forma de comprar a dignidade humana e de fazer esquecer os massacres. MASSACRE é sobre a imbecilidade que se estabelece entre dois intérpretes que trabalham, com as armas do grotesco e do sarcasmo, o texto e as acções que decorrem em cena. O assunto é perigoso: trata, num jacto in-yer-face, de resolver as crises mundiais, o caos económico actual e, claro, os problemas de Timor-Leste. Timor (John Romão) e Leste (Paulo Castro): uma dupla explosiva.
Paulo Castro
John Romão
Nasceu em 1984. Licenciatura bietápica em Teatro – Actores/Encenadores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Curso internacional Nouvelle École des Maîtres (Projecto Thierry Salmon), por Rodrigo García. Curso de Formação de Actor – Forma e Espontaneidade, por Luca Aprea. Curso de Estéticas e Teorias da Arte Contemporânea, Sociedade Nacional de Belas Artes. A sua formação inclui o contacto com os trabalhos de Wim Vandekeybus, Mónica Calle, João Fiadeiro, entre outros. Em teatro, trabalhou com Jorge Silva Melo (Artistas Unidos), Tiago Rodrigues (Mundo Perfeito), Jorge Andrade (Mala Voadora), Nilo Gallego, Francisco Salgado, Rodrigo García (La Carnicería Teatro), Maria João Machado, Marcos Barbosa, Jean-Paul Bucchieri e Harvey Grossman. É assistente de direcção artística de Rodrigo García (ES), destacando Gólgota picnic (Centro Dramático Nacional de Madrid 2011/Festival D’Automne à Paris), Esto es así y a mi no me jodáis (Bonlieu Scène Nationale d’Annecy 2010), Cruda, Vuelta y vuelta, Al punto, Chamuscada (Festival d’Avignon 2007), Arrojad mis cenizas sobre Mickey (Théâtre National Bretagne 2006), entre outros. É assistente de encenação de Romeo Castellucci para uma criação na Bienal de Veneza 2011/12. Em cinema trabalhou com João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira (2010), João Pedro Rodrigues (2008), Sérgio Brás D’Almeida (2007), Manoel de Oliveira (2004) e Luís Filipe Rocha (2002). Concebe e dirige os seus espectáculos desde 2001, destacando O arco da histeria (2010), Morro como país (2010), Só os idiotas querem ser radicais (2009), Velocidade Máxima (2009), 70kg (2009), Hipólito – monólogo masculino sobre a perplexidade (2009), A direcção do sangue (2008), Skaters (2008), Why can i be me (2005-2006), Distante (2004), a performance Please be my friend (2006) e a vídeo-instalação Land Escape (2007), entre outros. Prémio Jovens Talentos – Almada, Terra das Artes e da Criatividade (2010), pela C.M.A. Professor convidado na Escola Superior de Dança, onde lecciona a disciplina de Teatro.