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Música
Concertos

Miguel Negrão ⟡ O Morto

sáb11.02.1722:00
Galeria Zé dos Bois


Miguel Negrão
O Morto

Miguel Negrão

Miguel Negrão é um artista sonoro, originário de Lisboa. Tendo passado os últimos 9 anos na Holanda e Reino Unido no decorrer de um percurso académico em música por computador, encontra-se neste momento de volta à capital portuguesa. Interessa-lhe criar experiências musicais intensas e imersivas, que afectam a percepção da passagem do tempo e convidam à investigação do interior dos sons. Muita da sua produção se tem por esse motivo integrado nos subgéneros drone e ambiente. No seu trabalho usa maioritariamente síntese sonora e processamento de sinal controlados por computador, utilizando métodos de composição algorítmica e variadas configurações ! espaciais multicanal.! O seu trabalho foi apresentado em diversos festivais, espaços e programas de rádio na Europa tais como o Sonar Festival (ES) ou a Deutschlandradio Kultur (DE). Apresentou peças para os sistemas multicanal Wave Field Synthesis da fundação Game of Life (NL) e da Universidade TUBerlin (DE), assim como para o Acousmonium do GRM (FR) e o Sonic Lab do SARC (UK).

 

48Hz

A peça ’48Hz’ usa gravações de campo do projecto ‘X Marks the Spot’, de Matilde Meireles, como ponto de partida para uma composição drone. No âmbito deste projecto de Meireles foi disponibilizado on-line um mapa sonoro (http://xmsbelfast.com/) onde foram incluídas ao longo do tempo gravações do som que os transeuntes podem ouvir quando se aproximam de uma dessas caixas de telecomunicações paralelepipédicas, que se podem encontrar espalhadas pelas ruas de Belfast (UK). A composição ’48Hz’ tenta desvendar e apresentar ao ouvinte o mundo interior escondido nos acordes gerados por estas caixas. O processo usado é o da separação e dilatação meticulosa das frequências existentes em cada acorde, não sendo adicionadas componentes sintéticas. Esta versão utiliza o som de 4 caixas de telecomunicações, e será apresentada usando 6 canais.

O Morto

O Morto – The Forest, the People ! and the Spirits! Agora envolvido no pensamento ecológico da prática artística e das relações estéticas dentro de contextos naturais humanos e não-humanos, o seu trabalho desenvolve-se em torno da escuta profunda como uma abordagem ecológica ao som e à música — “Towards a Rewilding of the Ear”. Como compositor, explora a ‘aflição da incomunicabilidade’ existente na tentativa de troca/compreensão/comunicação entre ser humano e o mundo/percepção humanizada e o que a excede, desenvolvendo métodos para, de alguma forma, recrear ou relacionar-se com o ambiente natural por meio de mapeamento e criação sonora. Neste contexto tem trabalhado para sistemas octofónicos, desenvolvendo peças nos campos da soundscape composition e eco-acústica.! !Tem desenvolvido trabalho como Artista Sonoro, Field Recordist, Performer, Artista de Instalação, Livre Improvisador, Compositor Electroacústico e Sonoplasta, desenhando som para filmes e peças de teatro, instalações sonoras e concertos interactivos/automatizados, entre outras coisas… É também um membro da banda Älforjs e do ensemble Tratado de Cardew, que tem interpretado a partitura Treatise de Cornelius Cardew.

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