A Galeria Zé dos Bois (ZDB) é uma Associação cultural sem fins lucrativos, criada por iniciativa civil em 1994. Um centro cultural de 2500 m2 localizado no centro do Bairro Alto, no antigo Palácio Baronesa de Almeida.
Enquanto estrutura de criação, produção e promoção para a arte contemporânea, a ZDB instiga a pesquisa e investigação nas artes visuais e performativas e também na imagem e na música.
Anualmente, a ZDB apresenta exposições que produz, e acolhe/co-produz mais de 150 outros projectos artísticos, incluído residências, acções educativas, apresentações de teatro, dança e música, numa programação eclética.
Entre muitos outros, a ZDB tem colaborado com artistas como: João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Thurston Moore, Keiji Haino, Kenneth Anger, Patrícia Portela, Animal Collective, Tânia Carvalho, Alexandre Estrela, Kim Gordon, Dirty Projectors, Jean Baudrillard, Sofia Dias & Vítor Roriz, Bonnie “Prince” Billy, André Cepeda , Gabriel Abrantes, Peter Brötzmann, John Romão, Norberto Lobo, Rigo 23, Mala Voadora, Emory Douglas, Lightning Bolt, Orlan, João Tabarra, Rafael Toral, Grouper, Maria Gil, Stelarc, Michael Gira, Sei Miguel, Gonçalo Pena, Lee Ranaldo, Ann Liv Young, John Maus, Primeiros Sintomas, Black Dice, Sonny Simmons, Societé Realiste, Arthur Doyle, Marcelí Antunez, Sunn O))) e Faust.
Movida pelo desejo de intensificar com os criadores práticas de criação e produção, a ZDB promove residências internacionais e nacionais e estabelece relações profissionais a longo prazo com o objectivo de produzir projectos únicos.
Actividades
Artes Visuais
Residências ⟡ Produção ⟡ Apresentação ⟡ Circulação
A Zé dos Bois tem vindo a afirmar-se no âmbito das Artes Visuais pela produção de peças e projectos individuais, conformando sentido aos contextos expositivos e promovendo, posteriormente, a sua itinerância. Direccionando a sua função e objectivos a uma série de artistas nacionais e internacionais, a ZDB dá relevo aos conteúdos e processos criativos, aliciando a investigação e a criação, e proporcionando meios de produção e de visibilidade. A produção de obra de raiz é, assim, uma vocação central da área das artes visuais da ZDB. Paralelamente, a Associação tem também apresentado exposições internacionais que revisitam criticamente alguns fenómenos históricos menos explorados na historiografia e as quais procura potenciar através da inclusão ou envolvimento de criadores nacionais. Todas as exposições são acompanhadas de acções do Serviço Educativo ZDB. Consoante o público-alvo a que se destinam, propõem-se actividades contextuais como visionamentos de obras (ciclos de cinema), debates, visitas ou acções dirigidas ao público juvenil (visitas guiadas e ateliers).
Negócio – Artes Performativas e Transdisciplinares
Residências para criação ⟡ Co-produção ⟡ Programação
Ao longo de cada ano, a ZDB desenvolve e acolhe, no âmbito do NEGÓCIO, cerca de 15 residências de criação e estreia 12 espectáculos de teatro, de dança ou dos seus cruzamentos. Focando-se em co-produções e na criação acompanhada em residência, a equipa da ZDB assiste ao processo de criação, apoiando a diversos níveis a sua concepção, produção, montagem, comunicação, divulgação e apresentação e fomentando a sua posterior circulação pelo país. Para além de apoiar criadores autónomos ou individuais, a Associação tem vindo a acolher e a desenvolver sinergias com um conjunto significativo de Estruturas Associadas. Actualmente, as instituições culturais em Lisboa orientam a sua programação nacional para estreias, raramente fazendo reposições. Ao dedicar alguma da sua programação a obras pouco vistas na capital, o NEGÓCIO contraria o consumo tendencialmente fugaz destas obras, procurando prolongar o seu tempo de vida e a sua inscrição.
A ZDBmüzique procura dar espaço a manifestações criativas em som nas mais variadas formas, tentando filtrar, de acordo com um interesse que visa promover actos artísticos transgressores e exploratórios, propostas de criadores nacionais e internacionais numa multitude de técnicas e idiomas estéticos: música improvisada, electroacústica, jazz de expressão contemporânea, popular desconstruída ou reformulada, de composição moderna, som contínuo, bem como formas mutiladas e refeitas sobre rock e ruído. Promove também a circulação de conteúdos, potenciando o acolhimento de muitos dos projectos que apresenta noutras instituições (Casa da Música, Serralves, Teatro Maria Matos, Teatro Aveirense, CC Vila Flor, Gnration, Teatro Municipal da Guarda entre outros). Outra faceta relevante do trabalho da ZDBmüzique diz respeito a relações aprofundadas de criação e produção com certos criadores, por via de residências.
Serviço Educativo ZDB
Visitas Guiadas ⟡ Acções de formação de Público ⟡ Co-produção
O Serviço Educativo ZDB nasceu em 2005, direccionado essencialmente ao público infanto-juvenil do Agrupamento escolar Vertical Baixa-Chiado e algumas escolas do Gil Vicente, com o objectivo de estimular e reflectir sobre o campo da produção artística contemporânea de forma construtiva e participativa, numa perspectiva de aproximação e formação de públicos a longo prazo. Este é um trabalho essencialmente cívico com a comunidade envolvente da Associação. O Serviço Educativo promove, regular e gratuitamente, visitas guiadas às exposições de artes visuais e residências de diferentes áreas; realiza programas no âmbito da formação de público e faculta o acesso a uma programação específica de artes performativas, tanto ao público escolar com que colabora, como, pontualmente, a público geral infanto-juvenil. Esta actividade para alunos e escola é a que melhor reflecte o investimento que a ZDB tem realizado no âmbito social e cívico.
História
A Associação Zé dos Bois foi fundada por iniciativa civil no dia 27 de Outubro de 1994. O seu objectivo, como descrito nos estatutos apensos à escritura de constituição, era “promover exposições, instalações, mostras de vídeo, performances, intervenções musicais e quaisquer outras actividades” no domínio artístico. Ainda que menos expresso, o intuito primordial dos seus quinze fundadores foi o de criar uma estrutura capaz de estabelecer uma alternativa ao panorama de exclusão comercial e institucional com que se deparavam no início da década de 1990.
Concebida inicialmente como um espaço de atelier e de apresentação pública, a primeira versão da associação definia-a como uma estrutura dedicada sobretudo a apoiar as necessidades logísticas e expositivas dos seus fundadores. Esta situação viria, contudo, a ser alterada cerca de um ano mais tarde com a decisão de abrir a Zé dos Bois a criadores externos, transformando-a numa plataforma que quis acolher toda uma geração e um conjunto de práticas marginais que, de outro modo, não encontrariam lugar nem representação no contexto nacional. Exposições como O Império Contra-Ataca (1998), espectáculos multimédia como o vídeo-teatro Handicap (1996) ou as inúmeras actividades, por autores nacionais e internacionais, incluídas nas três edições do Festival Atlântico (1995, 97 e 99) viriam a ser veículos privilegiados para a experimentação e para a progressiva abertura da criação nacional às colaborações externas. Os anos seguintes corresponderam a um processo de intensificação e diferenciação das actividades, com a crescente abertura da ZDBmüsique a concertos internacionais, a fundação do NEGÓCIO, que concedeu identidade à área das artes performativas e as dotou de um espaço próprio – um teatro de 150 metros quadrados instalado numa antiga cavalariça sita na Rua d’O Século –, a implementação de um serviço educativo, e o estabelecimento de um programa curatorial que substituiu a lógica da mera apresentação de projectos pela da optimização das condições de produção e de acompanhamento conceptual. Na actualidade, a Zé dos Bois mantém muitos dos traços identitários que têm feito a sua história. O espírito de colaboração e empatia, uma ideia transversal de serviço público, a procura por novos públicos e a manutenção dos laços estreitos com a comunidade envolvente, mas também o estímulo ao debate e à participação, o espaço dado à experimentação e ao risco, o apoio multivalente aos criadores e a aposta na optimização das suas obras continuam a ser os valores pelos quais se norteia a actividade da associação.
Equipa
Direcção | Direcção artística
Curadoria e Gestão Artes Visuais
Natxo Checa
Programação e Gestão Artes Performativas
Marta Furtado
Programação e Produção ZDBmüzique
Marcos Silva
Comunicação
Catarina Rebelo
Produção
Caetana Meneses
Programação Segundas na z
Laura Gama Martins
Curadoria (exposições Livraria ZDB)
Joana Leão
Serviço Educativo
Cristiana Freitas
Contabilidade
Contatraduz
Imagem Gráfica
Sílvia Prudêncio
Imagem gráfica (Segundas na Z e exposições Livraria ZDB)
Maria Clara Lima
Gestão de Arquivo
Inês Henriques
Responsável Técnica
Olga Matviychuk
Livraria
Alexandre Rendeiro
Técnico Electricista
Ricardo Ferreira
Manutenção
Cesário Dias
Ivete Gomes
Montagem e Qualificação espaços
Vitalyi Tkachuk
Gerente de funcionamento
Rui Barbosa
Frente de sala e apoio bar
Bernardo Pereira, Delano Queiroz, Carlos Gaspar, Francisca Sarmento, Francisco Correia, Ícaro Lira, Mariana do Carmo, Mafalda Riobom, Margarida Magalhães, Mauro Soares, Rita Peças
Edição de textos ZDBmüzique
Alexandre Ribeiro, André Santos, Bruno Silva, Nuno Afonso
Sócios
A ZDB é uma Associação cultural sem fins lucrativos. Para usufruir do estatuto de sócio aderente efectivo da ZDB e ter o cartão de sócio propomos uma quota anual de 30€. O Cartão de Associado ZDB oferece:
⟡Entrada livre para todas as exposições
⟡Entrada livre para 1 concerto por mês a designar pela ZDB*
⟡Entrada livre para 3 concertos a acontecer na ZDB à escolha dos associados*
⟡Entrada livre para 2 sessões de artes performativas à escolha dos associados*
⟡Acesso livre ao Terraço e ao Bar nº 49 da ZDB.
Para ser Associado ZDB ou renovar a quota anual basta preencher esta ficha de inscrição/actualização de sócio e efectuar o pagamento da quota anual de 30€, a validade do Cartão ZDB é anual. O pagamento pode ser efectuado na entrada da ZDB em dias de actividade ou por transferência através do mail: reservas@zedosbois.org
Arlen Dilsizian é Moroto Hvy Ind, co-fundador do Nyege Nyege Festival e um dos mentores da Nyege Nyege Tapes. A par disso, ocupa o tempo que lhe resta com a etnomusicologia.
Apresentação rara, em formato dj set, no Terraço ZDB.