21 de outubro de 2022
Dei por mim a rever o meu arquivo de histórias no Instagram e percebi que faz um ano que terminei a licenciatura. Vim para Lisboa começar a trabalhar e a viver. Em outubro de 2021, comecei a trabalhar numa discoteca e não saio mais à noite com as minhas amigas. Hoje em dia, estou apenas a colecionar coisas que encontro na pista de dança, ao mesmo tempo que apanho copos sujos na discoteca vazia, depois das luzes se acenderem e do sol nascer.
Na descrição da música “22” de Taylor Swift, o site Genius menciona a canção como uma história da proximidade a uma idade em que a artista está a mudar de uma adolescente para uma adulta. E que com essa alteração vêm também tempos conturbados de muitas incertezas:
“The song is however not only about the birthday celebrations but tells the coming-of-age story where she is changing from a teen to an adult. It tells of the confusing times of being in your 20s – where you are “happy, free, confused and lonely at the same time”.”
Tal como a música de Swift, este trabalho reflete a juventude, a solidão, a vulnerabilidade, a liberdade, o amor, a família e a busca por estabilidade – tudo ao mesmo tempo.
Renato Chorão (2000, Setúbal) reflete sobre ser jovem e os desafios que se fazem sentir na proximidade à vida adulta. Partilha com Marcelo Tavares (1995, Porto) as tristezas e preocupações da vida, e de como é estar “feliz, livre, confuso e solitário”, tudo ao mesmo tempo. Juntos, pensam como querem ser lembrados e a memória que criaram sobre a juventude.