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Música
Concertos

Nate Wooley ⟡ David Maranha & Helena Espvall

ter24.03.1522:00
Galeria Zé dos Bois


Helena Espvall & David Maranha
Nate Wooley

Double-bill com Nate Wooley e David Maranha com Helena Espvall. O trompetista irá interpretar uma peça de Eliane Radigue e o duo apresentará o novo disco "Sombras Incendiadas"

Helena Espvall & David Maranha

Noite de lançamento de “Sombras Incendiadas”

Dispensando grandes apresentações para quem habitualmente frequenta o espaço da ZDB, Helena Espvall e David Maranha deixaram já por inúmeras vezes e em variadas formações o quão importante tem sido o seu papel para actividade extremamente salutar da música improvisada e exploratória feita por estes lados – mas a chegar um pouco a todo o lado.

Tendo-se já encontrado em diversas ocasiões em registos mais ad hoc, formalizaram este seu duo com a edição recente de ‘Sombras Incendiadas’ pela suiça three:four. Álbum magnâmico onde o violoncelo de Espvall e o órgão e violino de Maranha se elevam num drone convulso e implacável, com fundações na linhagem minimalista de La Monte Young, Tony Conrad ou Yoshi Wada, alimentado pelo timing improvisatório certeiro dos dois músicos. BS

Nate Wooley

Trompetista singular de virtudes infinitas sediado em Nova Iorque, Nate Wooley tem sido a par de músicos como Peter Evans ou Greg Kelley um dos verdadeiros inovadores desse instrumento ao longo dos últimos anos. Figura de proa do jazz e da música improvisada do agora, Wooley assume uma transversalidade capaz de se alinhar com linguagens tangenciais – do jazz ao noise, passando pelo drone e demais músicas incatalogáveis – com cunho, nervo e sentido de risco, sem nunca descurar uma visão particular sobre as inúmeras potencialidades do trompete.

Reveladora desse mesmo espírito de descoberta via comunicação, a sua carreira está pejada de colaborações com nomes tão icónicos e díspares como Anthony Braxton, Eliane Radigue, Evan Parker, Fred Frith, Chris Corsano ou os portugueses RED Trio com quem gravou o abençoado ‘Stem’. Alianças forjadas num espírito de comunhão absoluto, agraciadas por um respeito mútuo que abre espaço para novas formas de compreensão e entendimento. E a toda uma nova música que daí advém.

A solo, Wooley percorre todo esse espectro harmónico e lexical sem nunca recorrer a virtuosismos inusitados ou ao corridinho típico do show case, equilibrando humanidade e técnica num arco narrativo tão imprevisível quanto rigoroso. Fazendo uso de vocalizações, técnicas extensivas, amplificação e explorações importadas do drone e do noise, Wooley vai enredando essas práticas num todo de apurada sensibilidade melódica e sensorial. Oportunidade imperdível de testemunhar um dos músicos mais reveladores da actualidade no seu estado mais puro. BS

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