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Nguzunguzu ⟡ DJ Marfox ⟡ Sabre

qui30.08.1222:00
Galeria Zé dos Bois


Nguzunguzu
DJ Marfox
Sabre

Nguzunguzu

Em pleno cenário de efervescência criativa, as mixtapes e os podcasts têm-se afirmado como vias demasiado importantes para serem considerados formatos menores. Na verdade, algumas delas tornam-se clássicos absolutos. Nesse espólio dourado, terá de existir lugar para a reconstrução de Moments In Love, dos Art Of Noise, pela mão dos Nguzunguzu. O misto de surpresa e incredibilidade que despoletou, atribuiu ao duo de Los Angeles um estatuto de jovens magos da fusão digital. Por lá, a melodia intemporal do clássico dos anos 80 percorre uma infinidade de paisagens sonoras do R n’ B, Hip Hop, Jungle ou UK Garage. Uma trip solarenga, intensa e sensual, cujas coordenadas convergem em direcção ao espírito global dos Nguzunguzu. Que não hajam dúvidas tratar-se do ponto de arranque ideal para tudo o resto. E ‘tudo o resto’ é uma generosa colecção de sets para publicações como a Fact, XLR8R ou DisMagazine. Em adição, quatro magníficos EP’s onde se enquadra o mais recente Warm Pulse, com o já habitual selo de qualidade da Hippos In Tanks (casa de gente ilustre como James Ferraro, Hype Williams, Laurel Halo ou D’Eon). Se o material editado não fosse de si indicador de um êxtase desenvergonhado, há a destacar também a multiplicidade de colaborações, a mais conhecida com M.I.A na mixtape Vicki Leekx (aliás, Asma Marrof – metade dos Nguzunguzu – tem sido a DJ oficial nas suas digressões). Pela ZDB, apenas se poderá projectar a melhor imagética, numa noite que se quer quente, naturalmente celebratória e sem restrições estéticas. Ou como um dia os Gang Gang Dance definiram o nosso tempo: “I can hear everything. It’s everything time”. Em jeito de alinhamento cósmico, DJ Marfox é o abençoado responsável pelo arranque da sessão. Ele que nos últimos meses tem virado do avesso as noções mais lineares de géneros como o Kuduro ou o House progressivo e guiado algumas das noites mais suadas de Lisboa. Figura de proa da Príncipe Discos e personificação de alguma da energia mais vital da cidade, é certo que dominará a ocasião como ninguém. NA

Convidado surpresa: DJ BOK BOK (Night Slugs)

DJ Marfox

‘DJ Marfox lançou em Fevereiro na editora Príncipe “Eu Sei Quem Sou”, um EP em vinil 12’’ que é o melhor grito que editora e artista podiam conceber para as suas intenções colectivas para o presente & futuro. O disco representa o que o Marfox sempre deixou claro através do seu trabalho – uma visão única de progressão tecnológica, artística e cívica. Tudo é sobre teres o teu próprio código de conduta, saber de onde vens; sobre a maneira como ele escolheu progredir através da sua música. Marfox, nascido em São Tomé e Príncipe, é uma autêntica lenda urbana, suburbana e do gueto lisboeta. Ganhou notoriedade ainda enquanto um prodígio adolescente, já produtor e DJ, e desde os seus primeiros êxitos, por volta de 2007-2008 (no YouTube, através de mp3’s que têm andado a ser trocados por aí fora e na mítica compilação ‘DJ’s di Ghetto’, produzida com a sua crew com o mesmo nome) elevaram-no a um estatuto ícone nesse Portugal e em inúmeras comunidades africanas na Europa, bem como numa rede global de entusiastas dedicados que procuram e promovem novos desenvolvimentos nesta cultura e território sonoro. O EP inclui quatro arquetipais clássicos instantâneos – um banger de festa de bairro, um brilhante exercício de percussão, um épico tecnóide (barroco, escuro & labiríntico) e a melhor peça de garage>kuduro que já ouvimos até hoje. São todas 100% batida (kuduro instrumental) produzido por um dos seus (mais novos) visionários, prova tangível do tipo de estrago benigno que DJ Marfox irá inflingir nos próximos largos anos’ Príncipe Discos

Sabre

Vórtex de sons e paisagens, o duo Sabre é um dos mais recentes exemplos da electrónica nacional em estado de graça.Uma confluência de referências, épocas e géneros que condensa muito do que realmente interessa na dita música de dança. E o que realmente interessa é bem mais que o valor rítmico por si, é a criação de ambientes e a forma como cativa o ouvinte para além da batida. Ou o êxtase gradual e contagiante que se torna possível quando a comunhão acontece. E, acreditem, ela vai acontecer. NA

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