‘Partimos do universo das imagens antigas, abandonadas em feiras, esquecidas, deixadas para trás. Agarramos nesse fragmento de mundo para o deslocar no tempo, resignificá-lo, dar-lhe um sentido diverso do da sua origem, fazendo-o explodir em diferentes direções e sentidos. Percebendo essas imagens como ficções que contém realidades, e não o contrário, construímos um território de trabalho onde verdade e mentira se tocam e se confundem, onde aceitamos a ideia de que uma vida qualquer é construída por narrativas inventadas e que o futuro de uma imagem serve também, para reescrever o seu passado. Olhar para a vida das imagens desta perspectiva levou-nos a construir biografias inventadas, reconstruir fatos, fazer ficção ultrapassando os limites entre o que é nosso e o que é de outros. Este trabalho propõe o exercício de imaginar que a nossa memória e o nosso esquecimento, aquela matéria absolutamente indispensável para nos tornarmos singulares, podem estar em qualquer corpo, em qualquer vida, num outro qualquer.’
NOME
— de Carolina Campos & Márcia Lança
Márcia Lança
1982, Beja (PT)
Em 2008 funda a VAGAR – Associação Cultural da qual é directora artística. Em Março de 2016 estreia a sua primeira obra para crianças Por esse Mundo Fora em co-criação com Nuno Lucas, no Teatro Municipal Maria Matos em Lisboa. A 15 de Maio de 2014 estreia Evidências Suficientes para a Não Coerência do Mundo no Negócio e encena no Teatro Nacional de Riga o espectáculo Happiness and Misery com estreia a 8 de Outubro do mesmo ano. Em 2013 estreia 9 Possible Portraits no Spiel Art Festival em Munique. Em Novembro de 2011 estreia O Desejo Ignorante, com Aniol Busquets e Tiago Hespanha, no Teatro Maria Matos em Lisboa, no quadro do Festival Temps d’Images. Trompe le Monde a sua terceira criação conjunta com Nuno Lucas estreia na Culturgestem Janeiro de 2011. Em Maio de 2009 estreia a sua segunda criação Morning Sun no Tempo –Teatro Municipal de Portimão. Em 2006 recebe o primeiro prémio do Programa Jovens Artistas Jovens com o solo Dos joelhos para baixo.
Carolina Campos
1978, Caxias do Sul (BR)
É brasileira e atualmente reside em Lisboa. É licenciada em Comunicação e pós-graduada em Fotografia. Começou a trabalhar com dança em 1998 na Cia Municipal de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, tendo-se mudado para o Rio de Janeiro em 2007 onde foi bailarina da Lia Rodrigues Cia de Danças até 2011. Tem especial interesse em estar envolvida com diferentes modos de colaboração e em perceber como estes processos influenciam os objetos artísticos. Neste sentido tem colaborado e desenvolvido experiências com artistas nacionais e estrangeiros, dos quais destaca Cláudia Dias (PT), Calixto Neto (BR), Ivan Haidar (AR), Sezen Tongus (TUR), Julia Salaroli (BR) e Coletivo Qualquer (ES/ BR). Desde 2012 colabora com João Fiadeiro nas diversas plataformas que este desenvolve, desde a formação e investigação a partir da Composição em Tempo Real, passando pela programação do Atelier Real, ou na criação coreográfica. É intérprete e co-criadora da última peça do coreógrafo “O Que Fazer Daqui Para Trás”. Trabalha actualmente enquanto assistente e ensaiadora da peça “O Limpo e o Sujo” de Vera Mantero.
Entrada
estudante em grupo: 5€