Senhor de um sempre curioso, mas mais do que justificado culto em terras nipónicas, Norberto Lobo tem vindo a actuar nesse país com a regularidade para essas andanças. Foi nesse contexto de visitante acarinhado que travou conhecimento com algumas das figuras de peso que povoam a sempre fértil cena japonesa, onde se incluem o baterista Tatsuhisa Yamamoto e o pianista Giovanni Di Domenico, com quem colaborou já à distância de ouvidos portugueses.
Donos de um currículo respeitável, com colaborações regulares com Jim O’ Rourke – também ele a morar no Japão – a pontuarem uma simbiose fértil entre ambos, a que se juntam encontros de parte a parte com figuras tão veneráveis como Otomo Yoshihide, Keiji Haino, Nate Wooley ou Toshimaru Nakeamura, assentam primariamente na improvisação; território que Norberto tem vindo a explorar cada vez mais afincadamente que nas actuações a solo, quer no duo com o baterista João Lobo e participações ad-hoc de boa memória. BS