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Not Waving ⟡ Serpente

ter21.03.1722:00
Galeria Zé dos Bois


Not Waving ©Vera Marmelo
Serpente © Vera Marmelo

Not Waving

Num presente repleto de consumos instantâneos e mudanças profundas na indústria musical, a hiper actividade parece ser uma legítima solução de (sobre)vivência criativa. A confluência de papéis na autoria, edição ou promoção artística estabelece-se, naturalmente, como uma inevitabilidade nesta equação. Pelo nome próprio, muitos não o associarão a um projecto específico, mas facto é que as múltiplas direcções de Alessio Natalizia têm-se feito notar ao longo da última década. Da pop caleidoscópica de Banjo or Freakout, à house borbulhante de Walls, torna-se árdua a tentativa de perfilar afinal a real identidade do irrequieto músico italiano – e por consequência adivinhar que passos se seguem. Enquanto divulgador de um conhecimento musical enciclopédico, pode ser escutado mensalmente na rádio NTS, mantendo ainda fervilhante as edições que vai apadrinhando na sua editora Ecstatic. Acompanhá-lo neste frenesim é sinónimo de uma incursão genuínamente pedagógica, mas igualmente pujante e admirável, por uma diversidade de épocas e estilos insondáveis.

After the end of his solo guitar and laptop outfit Banjo or Freakout in 2012, Italian-born, London-based Alessio Natalizia continued to work on his project Walls with Sam Willis, but with personal circumstances and musical differences taking their toll, the duo amicably split, and Natalizia focused all his energy on his new solo project, Not Waving. 2013 saw the release of his debut full-length Umwelt. A concept album of sorts, the LP used the idea of “Remote Listening” as its basis — initially informed by the CIA and KGB’s use of Remote Viewing during the height of the Cold War — to create an album of music for places that Natalizia had never been to. Inspired by his homeland’s rich heritage of avant-garde electronic music, the album signaled a new chapter in Natalizia’s output. The nine-track limited cassette Redacted was also released that year, while Natalizia put together the compilation Mutazione — a look at Italy’s underground new wave, post-punk, and avant-garde electronic scenes in the 1980s — for Strut Records. 2014 saw a slew of releases from Not Waving, including a split 12″ with fellow electronic artist Pye Corner Audio, as well as the self-released Voices cassettes. A sophomore release, Human Capabilities — which was released on Stuart Leath’s Emotional Response label — also appeared. Playing a host of live shows throughout 2015, Natalizia returned to the studio to record what would be his third full-length album. At the end of the year, Oscar Powell and Jaime Williams announced that they had signed Not Waving to their Diagonal label, with the limited-edition EBM-referencing 12″ Get Serious being the first release. The clubbier-sounding album Animals was released to acclaim at the beginning of 2016.
Editando a sua música em todos os formatos possíveis, este processo ongoing de resgate temporal e ponte para algo indefinido também se tem feito de brilhantes reuniões de força. A mais notória é a investida com o mago Pye Corner Audio. Uma colossal selecção de telas ambientais cujo negrume e nível de perigosidade o colocaram num local demasiado especial para ser esquecido em tempos futuros. Quanto à trilogia ‘Voices’ e o longa duração ‘Animals’ só reforçaram o valor de Not Waving enquanto fonte suficientemente convincente e certeira para a maior admiração possível na esfera da música electrónica – e o convite de Powell para gravar na sua label, ou mesmo a passagem fervorosa no Boiler Room, deixaram-no claro. Lá mergulhamos nos sintetizadores, drum machines analógicas e pedais vários em jeito de clubbing macumbeiro. Que seja oficial: a melhor rave deste 2017 já tem local e dia marcado. Façam-se as diligências necessárias. NA

Serpente

With a constantly changing cartography, Bruno Silva has become an essential name in music with a more exploratory character. The potentialities of suggestion and synesthesia, rather than the form of things themselves, aligns with that inquisitive sense that so well dominates under his alter ego Ondness. With a progressive repercussion beyond borders, his work has deserved the chancel of labels as respected as Opal Tapes, Where to Now? or Paralaxe Editions, among others – in fact, small big bastions of today’s electronics (this of course, without forgetting the very valuable output as a member of the Sabre duo).

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