ZDB

Artes Visuais
Exposições

Outras Peles

— de Marcel.lí Antúnez

08.05 — 02.07.08
Galeria Zé dos Bois


Instal.lació a Lisboa Outras Peles, Marcel.li Antúnez
Instal.lació a Lisboa Outras Peles, Marcel.li Antúnez
Instal.lació a Lisboa Outras Peles, Marcel.li Antúnez

Exposição individual de Marcel.lí Antúnez na Galeria Zé dos Bois

Esta exposição propõe um olhar atento sobre percurso da obra singular de Marcel.lí Antúnez Roca, partindo da ideia de interfaces e camadas do ser humano, tanto na sua relação emotiva como tecnológica através do recurso a peles simuladas, identidades espelhadas, próteses, ou exoesqueletos.
Podemos destacar na sua obra três pontos temáticos: peles, membranas e processos. Frequentemente surgem exoesqueletos e interfaces mecânicos apresentados enquanto peles, várias peças biológicas como as instalações “Agar” e “Metzina” apresentadas enquanto membranas e desenhos, que nos remetem para os seus processos metodológicos.
Não seguindo uma ordem cronológica, OUTRAS PELES integra desenhos, robótica, arte biológica e sistemas audiovisuais interactivos, cobrindo uma vasta produção da sua obra desde 1994, reunindo algumas das mais conhecidas instalações do artista.
No âmbito desta mostra foram produzidas novas peças como os dois novos trabalhos interactivos Hipnotoc e Epidermia e um conjunto de desenhos que revestiu as paredes da entrada e dos dois andares da Galeria, estabelecendo um roteiro visual e conceptual na compreensão do universo Antuniano.

Marcel.lí Antúnez

Marcel.lí Antúnez Roca (Moià, 1959) é conhecido no cenário artístico internacional pelas suas performances mecanotrônicas e instalações robóticas.

Nos anos 90, as suas performances de vanguarda combinavam elementos como Bodybots (robôs controlados pelo corpo), Systematugy (narração interativa com computadores) e dresskeleton (a interface do corpo do exoesqueleto).

Os temas explorados no seu trabalho incluem: o uso de materiais biológicos na robótica, como em Joan l’home de carn (1992); controlo telemático por parte de um espectador de um corpo estranho na performance EPIZOO (1994); a expansão dos movimentos corporais com dresskeletons (interfaces exoesqueléticas) nas performances AFASIA (1998) e POL (2002); coreografia involuntária com o bodybot REQUIEM (1999); e transformações microbiológicas nas instalações RINODIGESTIO (1987) e AGAR (1999).

Desde os anos oitenta, que o trabalho de Antúnez se tem baseado na observação contínua de como os desejos humanos são expressos e em que situações específicas estes aparecem. Primeiro nas performances tribais de La Furadel Baus e depois, sozinho, ele expressou esse interesse criando sistemas complexos, em muitos casos híbridos, difíceis de classificar. As obras de Antúnez pertencem ao campo das artes visuais e cênicas.

Desde o início dos anos noventa, a incorporação e transgressão de elementos científicos e tecnológicos na obra de Antúnez, e sua interpretação por meio de invenções únicas e específicas, produziram uma nova cosmogonia – calorosa, crua e irônica – de temas tradicionais como o afeto, a identidade , ou morte. Em suas obras esses elementos assumem uma dimensão extremamente humana que provoca uma reação espontânea do público.

Membro fundador do grupo La Fura dels Baus, trabalhou nesta empresa como coordenador de arte, músico e intérprete de 1979 a 1989, e apresentou as macro-performances do grupo ACCIONS (1984), SUZ / O / SUZ (1985) e TIER MON (1988).

Antúnez apresentou seu trabalho em vários locais internacionais, incluindo La Fundación Telefónica em Madrid, o P.A.C. em Milão, o Lieu Unique em Nantes, o I.C.A. em Londres, SOU Kapelica Ljubljana, Cena Contemporanea no Rio de Janeiro, o Barcelona MACBA e o DOM Cultural Centre de Moscou. Ele já se apresentou nos Festivais Internacionais EMAF Osnabruc Alemanha, Muu Media Festival Helsinki, Noveaux Cinema Noveaux

Medias Montreal, DEAF Rotterdam, Spiel Art Munich, Ars Electronica Linz Austria, DAF Tokio Japan entre outros.

O trabalho de Antúnez apareceu nas seguintes publicações: Il Corpo Postorganico de Teresa Macrì, ed. Costa e Nolan Milano; Body Art and Performances de Lea Vergine, ed. Skira, Londres; Marcel.lí Antúnez Roca performances, objetos y dibujos de Claudia Giannetti, ed. MECAD Barcelona, ​​e o catálogo Epifania publicado pela Fundación Telefónica, Madrid, entre outros.

Antúnez recebeu os seguintes prêmios e distinções: Primeiro Prêmio no Festival Étrange, Paris 1994; Melhor Nova Mídia Noveaux Cinéma Noveaux Médias Montreal 1999; Prêmio Max New Theatre, Espanha 2001; Prêmio FAD Barcelona 2001, Menção Honrosa no Prix Ars Electronica 2003 e Premi Ciutat Barcelona 2004, multimídia.

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