PET é um conjunto de obras de arte de cariz especulativo, que se propõem a estudar a empatia não inter-humana (empatia relacional entre ser humano e objeto). Formalizadas como ensaios de biomateriais, dissolvem os limites entre objeto e organismo, pensando o gesto artístico como ferramenta tecno-social e posicionando o objeto de arte como performance perecível. As artistas Inês Barros e Giovanna Martins convidam Catarina Rodrigues e Miguel Limão para participarem na performance das obras, explorando aproximações corporais e sonoras que evidenciam possibilidades na linguagem interespécie.
Inês Barros, designer e artista multidisciplinar, desenvolve instalação recorrendo a uma cenografia focada na investigação material e espacial. As suas obras são cenários especulativos de interação entre indivíduo/objeto.
Giovanna Martins, após um percurso académico nas ciências (biorrecursos), propõe a interseção entre ciência, arte e design como forma de contestar as práticas de ciência tradicional.
Catarina Rodrigues, performer e artista multidisciplinar, explora práticas de encontro, criando corporalidades espontâneas que condicionam o espaço de interação que a rodeia.
Miguel Limão explora cenários de música não-normativa. Recorre ao gira-discos como base de criação sonora, abordando mecanismos electromecânicos em busca de desvios por graves quentes, ritmos fragmentados, texturas detalhadas e vozes exploratórias.