Figura da mais crucial importância no evoluir da estética minimalista ao longo dos últimos cinquenta anos, explora, normalmente através da incorporação de um conjunto de instrumentos convencionais como a guitarra eléctrica, o violino ou a flauta, as possibilidades microtonais do drone – aquilo a que Charles Ives chamou em tempos “as notas entre as ranhuras” –, criando um corpo de trabalho absolutamente singular, de permanente reequacionamento, sem paralelo na música contemporânea.
Ao longo dos 20 anos da Bolsa Ernesto de Sousa, Niblock acolheu uma diversidade de artistas Portugueses na Experimental Intermedia Foundation NYC. A experiência foi decisiva para cada um dos bolseiros. Os seus idiomas criativos são muito variados, mas há algo comum entre todos: amor pelo Phill. Resolveram celebrar isso, tomando a iniciativa de o trazer de novo a Portugal. A ZDB associa-se à celebração e no próximo dia 28 de Janeiro Niblock apresenta uma série de peças recentes da série Movements of People Working. Vários bolseiros ofereceram-se para as co-interpretar.
O programa inclui First Out, com sons pré-gravados de guitarra amplificada (David First) e guitarras ao vivo (André, David Maranha, Manuel Mota, Margarida Garcia e Rafael Toral). Inclui também Unipolar Dance, com sons pré-gravados de violinos e violas (Pauline Kim Harris e Conrad Harris) e violino ao vivo (David Maranha), para além de outras peças. Antes e depois da performance poder-se-ão ver mais trabalhos, num monitor video. Também se pode ver um vídeo feito pela sua companheira Katherine Liberovskaya, pelos seus 70 anos (2004): A dynamic portrait composed from fragments of seventy (+1) extremely close-up interventions on video about Niblock by seventy (+1) people connected to him in some way.
