É a abertura de um lugar imersivo que convida o corpo a entrar em verbos como repousar, reparar, desacelerar, estar-com e re-imaginar-se com o outro, com o mundo.
Presos num princípio totalizador de produção que só atribui valor ao que é útil, consumível ou lucrativo, vivemos cada vez mais uma vida de aceleração. Como consequência estamos a perder tempo (que se esvazia de vida), lugares (ausentes de sentido e afeto), os outros (humanos e não-humanos cuja alteridade achatamos), nós mesmos e o próprio mundo.
Em Primeiro Nada, Depois Nada ou Zzz, para se abrir um espaço e um tempo que recupere o teatro como possibilidade de viver, estar e encontrar, Daniel Pizamiglio convida USOF (João Rochinha) para criar uma cama sonora sobre a qual serão exploradas partituras de movimento com o performer e flautista Afonso Gaspar e um texto de Miguel Oliva Teles.