Red Ruins
de Isadora Alves
com Ari Adamski, Isadora Ussene, Janis Dellarte, Miguel Ângelo Santarém, Nuno Nolasco e Rita Carolina Silva
“Eu tenho a intuição, Aramis, que os monstros são as tentativas mais puras do universo, olha-os, não os mates.”
– Maria Gabriela Llansol
Na cultura ocidental o vermelho parece ter, para os humanos, tanto uma potência iniciadora como mortífera. Uma extremidade que se toca, como dizer
– Perante a morte estive presente.
Como procurar luz na identificação dos nossos monstros, de forma a entrar em relação com eles – mesmo que apenas pelo olhar.
Red Ruins é o nome que dei a uma experimentação a acontecer nesta segunda na z. Unificada por vários tons de vermelho e o que esta cor tem de relação com monstros como o mal, a morte e o proibido, a energia, o amor e outros demónios.
Uma mostra de ideias ruína, isto é, ideias já pensadas e abandonadas no tempo. Uma acumulação dos últimos dois anos. Objectos que desejam ser destruídos por completo ou reconstruídos, mas que por agora se tornam visitáveis.
A tradução de um texto do Derek Jarman, reflexões sobre a madrasta da branca de neve, uma pesquisa sobre a utilização de Cinábrio pelos povos ibéricos na idade do bronze, o ocre das mãos negativas, bloody mary’s gratuitos até às 22h47 e Jorge Ruby a passar uma coleção de discos de capa vermelha até às 2h.
⟡
Isadora Alves é uma junção de dois blocos, palavras. A primeira composta por sete letras e a que a que lhe sucede composta por cinco. Foi atribuída a um animal bípede que se identifica com estes blocos através de uma prática repetitiva de vinte e sete anos em que o próprio animal, o estado e os animais em redor vocalizam estas letras como forma de o identificar.
⟡
Discos de capa vermelha e músicas ruinosas
com J. Ruby
Rubi é uma pedra monocromática que gira entre as 33 e 45 rotações. Através das ondas viaja na cor do som, e uma só cor define toda uma paleta sonora. Essa cor é óbvia, neste caso.