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Música
Concertos

Sonic Scope Festival 2015 c/ RED trio ⟡ Filipe Felizardo ⟡ Gigantiq & Pedro Sousa ⟡ Timespine ⟡ Ondness c/ Pedro Lopes ⟡ Quarteto Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Carlos Santos e Nuno Torres

sex23.01.1522:00
sáb24.01.1522:00
Galeria Zé dos Bois


©João Vicente
Rodrigo Pinheiro (fender rhodes), Hernâni Faustino (electric bass), Gabriel Ferrandini (drums)
Filipe Felizardo ©
Gigantiq e Pedro Sousa
Timespine
Quarteto Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Carlos Santos e Nuno Torres ©Nuno Martins
Ondness
Pedro Lopes

Programa:


Dia 23
RED Trio
Filipe Felizardo
Gigantiq e Pedro Sousa


Dia 24:
Timespine
Quarteto Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Carlos Santos e Nuno Torres
Ondness c/ Pedro Lopes

A ZDB volta a acolher o Sonic Scope, festival que pretende promover, num contexto único, novas linguagens e novas propostas da música experimental nacional.

O festival nasce em 2001 a partir de uma iniciativa dos artistas sonoros e visuais Nuno Moita e João Vicente (o artista intermedia, André Gonçalves, juntar-se-ia à equipa organizadora na edição de 2002).

Nesta edição participam RED trio, Filipe Felizardo, Nuno Moita e Pedro Sousa, Timespine, Ondness com Pedro Lopes e o quarteto de Ernesto Rodrigues com Guilherme Rodrigues, Carlos Santos, Nuno Torres.

RED trio

Para este concerto no Sonic Scope Festival, os autores de “North and the Red Stream” – disco editado em 2014 com a colaboração do vibrafonista Mattias Stahl, considerado pela revista Wire como um dos melhores discos do ano na categoria jazz/música improvisada – apresentar-se-ão no formato eléctrico.

O trio, à semelhança do seu nome, apresenta uma multiplicidade de abordagens possíveis à música e à sua composição em tempo real através da improvisação, mas agora com o volume e o poder explosivo da electricidade e dos efeitos electrónicos. A música ganha novas dimensões sonoras onde o detalhe e a introspecção caminham lado a lado com a intensidade num absurdo formado e formalizado por uma dialéctica ruidosa, mas consciente.

bateria, percussão: Gabriel Ferrandini | baixo eléctrico: Hernani Faustino | fender rhodes: Rodrigo Pinheiro

Filipe Felizardo

Depois de “Sede e Morte”, Filipe Felizardo prepara um novo disco. Em pleno caos criativo, tirará um momento para reavaliar ao vivo todo o seu primeiro disco, ‘Guitar Soli for The Moa and the Frog’, editado pela Shhpuma/Clean Feed em 2012.

Gigantiq e Pedro Sousa

“Gigantiq é formado pelos artistas sonoros e visuais, André Gonçalves e Nuno Moita. Trabalham como Gigantiq desde 2005 e este projecto é a consolidação do trabalho que têm vindo a desenvolver juntos desde 2001. As suas actuações incorporam alguns dos seus melhores conceitos de exploração sonora e visual adaptados e transpostos para contextos performativos.”

“Interessado desde a adolescência pelas práticas musicais das franjas, e com formação como autodidata, Pedro Sousa começou por integrar o grupo de música eletrónica OTO, no qual utilizava samplers e guitarra elétrica. Com os saxofones tenor e barítono tem-se multiplicado por uma série de projetos, como Falaise (com Hernâni Faustino), Pão (com Tiago Sousa e Travassos), Acre (com Filipe Felizardo e Gabriel Ferrandini), Eitr (com Pedro Lopes), Canzana (com Bruno Silva)”

electrónica: André Gonçalves | electrónica: Nuno Moita | saxofone: Pedro Sousa

Timespine

É impossível rotular esta música. Soa como uma canção folk tocada em stream of consciousness, mas há igualmente algumas conotações com os formatos eruditos contemporâneos, embora sem a matemática. Podemos até detectar aquele balanço tão característico da música livremente improvisada, mas mais uma vez é uma impressão vaga, até porque são utilizadas partituras gráficas. Essa (intencional) indefinição idiomática é o resultado de se terem juntado músicos com diferentes linguagens: Adriana Sá tem um percurso na música electrónica experimental, combinando performance-arte e tecnologia de sensores, Tó Trips é um guitarrista inspirado nos blues, co-fundador dos Dead Combo , e John Klima foi membro do grupo pop Presidents of United States of America, antes da sua fase MTV.

Há uma predominância de instrumentos de cordas em “Timespine”: um “zither” (podemos traduzir por “saltério”), um dobro e uma guitarra baixo. Recorre-se a algum sampling e a percussão, mas estes são colocados ao serviço de um fluxo combinado de cordas dedilhadas, beliscadas, percutidas e manipuladas com arco, com afinações inconvencionais, umas vezes agindo como pingos de chuva inconstantes e outras sugerindo os caudais conflituosos de três rios que se encontram. Tudo decorre com suavidade, lentamente, de modo abstracto e não-linear, ganhando um carácter hipnótico e suspendendo o tempo. Esta é uma música sem métricas e sem relógio – apenas os tempos biológicos humanos são seguidos. E soa fantasticamente, como algo que Morton Feldman poderia ter feito se na fonte da sua criatividade tivesse estado uma guitarra portuguesa em vez de um piano. Texto dos músicos

zither, electrónicas: Adriana Sá | baixo eléctrico: John Klima | dobro, percussão: Tó Trips

Quarteto Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Carlos Santos e Nuno Torres

Um quarteto cujo trabalho se insere numa estética reducionista, próxima do near silence que remete para uma escuta atenta do desenrolar da composição, valorizando o timbre, as texturas e o espaço envolvente, numa atitude sempre contida na utilização dos materiais. O silêncio desempenha um papel preponderante na regulação das formas musicais.

electrónica: Carlos Santos | viola: Ernesto Rodrigues | violoncelo: Guilherme Rodrigues | saxofone alto: Nuno Torres |

Ondness c/ Pedro Lopes

Ondness é o veículo a solo para Bruno Silva – Sabre, Canzana, etc – se espraiar por entre detritos tropicais, ambientalismo fosco e concepções vagamente dançáveis. Nave de prolífera actividade, tem vindo a gravar com frequência para editoras como a Where to Now?, Metaphysical Circuits ou Videogamemusic.

Pedro Lopes é um músico português residente em Berlim, com um vasto currículo de colaborações com nomes como Carlos Zíngaro, Reinhold Friedl, Dj Sniff, Gabriel Ferrandini ou Pedro Sousa, entre muitos outros, num percurso enriquecido ainda por um envolvimento com a radio art que o levou já a produzir peças para a Transmediale de Berlim, a Fundação de Serralves ou o Goethe Institut. Fazendo do seu instrumento, o gira-discos, veículo para um discurso de experimentação de tom analógico, com recurso a amplificadores, discos de prensagem caseira, agulhas modificadas e objetos percussivos, Pedro Lopes é um dos mais interessantes e inovadores representantes da música exploratória nacional. Texto original do Festival Rescaldo 2013

electrónica: Bruno Silva | Gira-discos, discos de prensagem caseira e agulhas modificadas, objectos vários: Pedro Lopes:

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