No site oficial a descrição é curta: ethereal street musician who plays space music wearing a winged helmet. Se isto não é suficiente para convencer qualquer um (devia ser), avancemos um pouco de contexto: no principio dos anos 1970, a norte-americana Susan Dietrich encontrou um velho acordeão numa venda de garagem em Boston e fez-se à rua (literalmente). Ao fim de pouco tempo e muitos trocos, as portas da percepção abriram-se-lhe de par em par, revelando-lhe um instrumento mais alinhado com o seu desejo de transcendência: um casiotone MT40, que foi modificando até dali conseguir extrair os sons tal como eles são: infinitos. The Space Lady surge assim. O nome, que na verdade é tão-só como os transeuntes desses tempos a tratavam, aponta no sentido certo: música cósmica, livre de convenções, a pairar lá alto. Os extra-terrestres que afirma já ter visto serão certamente fãs. Contudo, e porque ficar com a ideia errada é um risco óbvio, sublinhe-se: Susan Dietrich não é uma dessas pessoas que vemos no canal de História. Huxley, Leary, Moondog são os gentlemen certos para esta lady. MP
The Space Lady ⟡ Raw Forest
The Space Lady
Raw Forest
Alter-ego de Margarida Magalhães, Raw Forest é um magnífico cenário escapista, em jeito de portal multidimensional, para uma sinestesia de sons e imagens. A força telúrica, o magnetismo estelar e a vibração natural das coisas convergem num ritual extra-panteísta e apenas ao alcance da mente pós-web 2.0. Traz a perfeita comunhão entre found sounds cibernéticos e melodias ascendentes rumo a uma terra prometida que é de todos. NA