Na sua cidade natal de Lisboa, Violet contribui para a cena local de várias formas. É co-fundadora da rádio online Rádio Quântica e também residente na mina – uma rave queer em espaços improváveis. Estas contribuições transparecem no trabalho de Violet enquanto artista, ao expressar de forma refletida a história política da música de dança através da sua voz e da sua música.

Enquanto produtora, editou na One Eyed Jacks e na Love On The Rocks, editou independentemente colaborações com artistas como ELLES, DEBONAIR e Nightwave para o Dia Internacional da Mulher, fez remixes para a Cómeme, Teto Preto, Kim Ann Foxman, Josh Caffe e criou a sua própria editora – Naive. O seu EP “Togetherness”, que inaugurou a editora, foi largamente aclamado, usando o som de breaks familiares e moldando-as a novos contextos com baixos inspirados em dub, pinceladas metálicas e acordes oníricos. A faixa título foi escolhida por Eris Drew para passar no seu reconhecido RA podcast e foi também usada numa curta-metragem sobre o seu trabalho, para além de ter sido considerada uma das faixas da década pela Resident Advisor.

Violet incorpora no seu DJing sons semelhantes aos do seu processo de produção, juntando ritmos alienígenas, techno imaginativo, mutações de acid house e muito mais, de uma forma que parece natural e intrincada ao mesmo tempo. Contribuiu mixes para séries como Beats In Space, Crack, The Ransom Note, Mixmag, Phonica e DJ Mag, e marcou presença e rádios como a NTS, The Lot, e a lendária Rinse – onde mantém uma
residência mensal. Violet tocou em toda a Europa em festas e clubs como Room 4 Resistance, Berghain/Panorama Bar, Berlin Atonal, Field Maneuvers, Unsound, Gamma e Dekmantel. Embarcou ainda em várias tours
nos Estados Unidos – onde já fez visitas repetidas a instituições como o Smartbar de Chicago, The Stud de São Francisco e o Good Room de Nova Iorque – e também Brasil, Egipto, Austrália e Ásia nos últimos dois anos.