Eosin (a.k.a. Diana Combo) começou a explorar o universo da composição e performance sonora a partir do uso de discos de vinil deformados, matéria prima que colecciona avidamente desde 2007, a par de gravações de campo. Colaborando frequentemente em projectos de instalação, performance e improvisação, tocou com Andrea Neumann, Antoine Chessex, Werner Dafeldecker, Burkhard Beins, Nate Wooley, tendo passado pelos palcos da Transmediale, Tiny Noise, Festival ERTZ, entre outros. Para esta Waterfalls irá preparar uma versão de Untitled (for Certain Vinyls), uma composição a partir de vários discos, com score aberto ao encontro de sons inesperados.

AIN BAILEY produz composições electroacústicas utilizando gravações de campo e sons encontrados ou processados que são por sua vez inspirados numa reflexão sobre o silêncio e a ausência, os espaços arquitectónicos urbanos, ou o activismo feminista. A artista sonora londrina compõe numa pluralidade de meios, desde instalações mixed media em canais múltiplos, bandas sonoras para filmes, dança, ou performances ao vivo. Entre os seus trabalhos recentes destacam-se a banda sonora do filme ‘Oh Adelaide!’, uma colaboração com a artista Sonia Boyce apresentada no CCA Glasgow e Tate Britain, e uma composição para a produção de dança ‘Here Is You And Not Me’ de Michael Douglas Kollektiv em Colónia. Na sua actuação na ZDB, Bailey tocará duas peças recentes que revelam a sua obsessão pela densidade atmosférica e a refracção do ruído.

NIAGARA (António e Alberto Arruda com Sara Eckerson), é o mítico e ainda substimado trio lisboeta que actua submerso em hardware febril, tomando saltos maquinais entre o techno e o house duro, com um efeito surpreendentemente melódico. Tendo apenas editado um único EP pela Principe Discos (Ouro Oeste, 2013), os seus concertos são pejados de uma selvajaria organizada que desmente a sua idade. Electrificante no mínimo.

Auto-descrita como “gaja dura das Fontainhas”, Supa é membro dos colectivos portuenses Monster Jinx e Thug Unicorn, contribuindo com os seus sets eclécticos e high-energy para as pistas de dança nacionais há já vários anos. Conhecida nas noites Grrrl Riot pelas suas misturas tão sedutoramente obscuras quanto espontâneas, Supa tem carta branca para a sua segunda aparição na Waterfalls – aguardem um repertório inesperado, mas não por isso menos dedicado, que catapultará o aquário numa escuridão nebulosa e implosiva.