Celebrando a chegada da primavera, Waterfalls regressa com uma nova edição que prolongará a sua atmosfera musical regeneradora. Desta vez a celebração está nas mãos dos DJs Joane Skyler (Boomkat Editions) e Supa (Monster Jinx), contando também com a participação especial de Bubacar Djabaté no Balafon enquanto membro convidado da Volcanic Orchestra, seguida do live act de Cobra Preta. A imagem está a cargo de Sun Tan (Fangbangers).
Cruzando bedroom electronics, ritmos que extravasam o noise e devaneios drum’n’bass, a música de Joane Skyler utiliza desvios precisos, quase em breakbeat, abrindo batidas como fractais e distorcendo o dub em momentos de êxtase que enchem a pista. ‘Ssssssss’, o primeiro vinyl de Skyler residente na NTS Radio, foi lançado no último mês pela Boomkat Editions, tendo sido descrito como ‘early rave…lost in a haze of ferric smoke’. A primeira aparição em Portugal do produtor de Londres contará com uma série de decks de cassetes adulterados que utilizará no seu DJ set, concebido especialmente para Waterfalls.
A única promessa de Supa é que cada set será sempre irrepetível. Começando pelo hip hop, numa travessia desenfreada de estilos que poderá passar por uma sessão de música da anatólia, o seu registo é tão ecléctico quanto espontâneo, ressoando a noite que se revela em seu redor. Supa é membro dos colectivos Thug Unicorn e Monster Jinx, tocando frequentemente nas festas Grrrl Riot sediadas no Porto.
Cobra Preta é um dos padrinhos do rap crioulo, representando através da sua editora Atitudi Productions inúmeros interpretes de outra forma esquecidos. Membro do colectivo de MCs G.U.N.S. (Gz Unidos Na Street), Cobra Negra é autor das mixtapes ‘Cobralogia’ e ‘Materias de Rua’, tendo colaborado com nomes tão importantes para o rap nacional como Valete ou NGA. Já no próximo mês vai editar a mixtape ‘Nigatividade’ a sair em formato CD.
Bubacar Djabaté aprendeu a tocar balafon com a sua familia – composta de músicos de Kora, Djembê, Tama e Cabaça – no leste da Guiné-Bissau. Vindo de Tabatô, Bucabar interpreta musicas tradicionais mandingas, enchendo desde 2005 as colinas de Lisboa com os hipnóticos sons do seu xilofone mandinga. Nesta noite ele apresenta-se a solo como membro convidado da Volcanic Orchestra, um colectivo musical efémero em constante mutação.