ZDB

Artes Performativas
Performance

Drag(on)

— de Mariana Tengner Barros

qua22.10.2519:30
qui23.10.2519:30
sex24.10.2519:30
sáb25.10.2519:30


© Beatriz Pequeno
© Beatriz Pequeno
© Beatriz Pequeno
© Beatriz Pequeno

Em Drag(on), Mariana Tengner Barros convoca o corpo como portal de passagem, não para a representação, mas para a experiência crua de estados alterados. Entre rito e espectáculo, a performer dissolve os protocolos da cena, deslocando o olhar para um território onde o familiar se abre ao mistério.
Entre dragões e drag, entre travestismo e xamanismo, a metamorfose inscreve-se no corpo como transe, espasmo e possessão. Não há narrativa linear, mas correntes invisíveis que arrastam o espectador por paisagens apocalípticas e mitologias aquáticas. A banalidade torna-se aurificada, o rosto perde contornos, e o gesto explode em orgia involuntária.
Este solo ergue-se como ode às águas e às suas potências – lágrimas, rios, mares, celebrando a diferença, a estranheza e o cosmos visionário interior. Drag(on) é a emergência de um real mais real, um convite a reaprender a ver com o corpo, a sentir o invisível e a habitar o imaginal esquecido.

Mariana Tengner Barros

MARIANA TENGNER BARROS é coreógrafa, bailarina, performer e diretora artística d’ A Bela Associação.
Coreografou e executou inúmeras peças a solo e em grupo, salientando The Trap (vencedor do Prêmio do Público Jardin D’Europe-Áustria em 2011), EXI(s)T(s) (2018), Instructions for the gods (2017) e A Power Ballad (2013) e Resurrection, (2017) ambas cocriações com Mark Tompkins.
O seu trabalho é alimentado pelo seu fascínio pelo “espetáculo” da vida, pela forma como as pessoas se representam e apresentam nos planos sociais da existência e pelas tensões entre mundos. Na última década tem investigado em torno da figura da bruxa, a sua ligação com o sagrado feminino e símbolo de rebelião contra a opressão. A dança é a base para um trabalho altamente multidisciplinar, com uma forte contribuição musical dos músicos colaboradores Jonny Kadaver e Mee_K.
Combina o seu trabalho como criadora e performer com o ensino em diferentes contextos, bem como com o trabalho de ação social, nomeadamente o projeto continuado Floresta Invisível, focado na defesa de árvores centenárias e na promoção da consciência ambiental.
A improvisação é uma ferramenta constante nas suas práticas e trabalhos, tanto ao nível da investigação como da criação. Como performer destaca as colaborações com Meg Stuart, Francisco Camacho e John Romão. É cantora e teclista da banda KUNDALINI XS. Em 2016 recebeu o Prémio de Mérito Cultural Municipal da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão pelo seu percurso profissional.

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