Rapid Zen é um trio que constrói um universo sonoro exploratório e vibrante, fundindo estruturas rítmicas complexas com experimentação sonora ousada. A sua música desenvolve-se através da interação entre sampling e scratching em gira-discos, o que confere ao conjunto uma textura distinta e em constante evolução. Esta camada eletrónica dialoga com uma ampla gama de técnicas acústicas no contrabaixo, percussão e voz, desde nuances delicadas a gestos poderosos. O resultado é uma fusão dinâmica onde ritmo, textura e improvisação convergem, esbatendo as linhas entre composição e criação espontânea.

Gonçalo Almeida
Gonçalo Almeida (Lisboa, 1978) é um músico e compositor português que vive em Roterdão. Trabalha na intersecção entre música improvisada, experimental e arte sonora. A sua prática é fortemente interdisciplinar e colaborativa, tendo atuado com artistas como Ab Baars, Balasz Pandi, Chris Speed, Carlos Zíngaro, Ig Henneman, Fred Lonberg-Holm, Jasper Stadhouders, Jorrit Dijkstra, Luis Vicente, Luis Lopes, Martin van Duynhoven, Nina Hitz, Peter Jacquemyn, Rodrigo Amado, Susana Santos Silva, Tobias Klein, Wilbert de Joode, entre outros.
É fundador/principal compositor/baixista do Hydra Ensemble, Lama Trio, Albatre, The Attic e membro do Spinifex, The Selva e do trio Luis Vicente.
Gonçalo Almeida também colabora frequentemente com artistas audiovisuais, bailarinos modernos, poetas e encenadores, tais como Arnold Dreyblatt, Julyen Hamilton, Rita Vilhena, Rutger Zuydervelt (também conhecido como Machinefabriek), Ricardo Jacinto, Pierre Bastien, entre outros.
Desde 2001 que tem realizado digressões internacionais com vários destes projetos, na Europa, EUA, Índia e Japão.
Para além de uma prolífica publicação de discos em editoras internacionais dos seus vários projetos, Gonçalo Almeida criou também a sua própria editora digital, Cylinder Recordings, com o objetivo de documentar e partilhar material dos seus frequentes e experimentais encontros com outros improvisadores, fazendo cruzamentos entre músicos de diferentes projetos e pesquisando novos caminhos colaborativos.

Barbara Togander
Barbara Togander (Uddevalla) é uma vocalista, DJ, improvisadora, compositora e artista sonora nascida em Uddevalla, Suécia, que vive atualmente em Barcelona. Morou mais de 40 anos em Buenos Aires, Argentina, onde estudou música na Escola de Jazz de Walter Malosetti, nos Conservatórios López Buchardo e Música Popular de Avellaneda. No início dos anos 90, mergulhou na música experimental e na improvisação livre, onde aprofundou as possibilidades sonoras da voz, do turntable e da eletrónica.
Tocou e colaborou com um grande número de músicos e grupos, tais como Otomo Yoshihide, Julian Galay, Enrique Norris, Vinzenz Schwab, Andrea Parkins, Philip Leitner, Christoff Kurzmann, Christian Reiner, Capitanes de la Industria, Manolo Rodriguez, Carlos Costa, Larry Polansky, Chris Mann, Camila Nebbia, Violeta García, Mussa Phelps, La Bomba de Tiempo, Dieb13, Walter Malosetti, Norberto Minichilo, Santiago Vazquez, Paul Pignon, Luis Conde, entre muitos outros, em locais e festivais como Artacts ́24, Dokkhuset (Trondheim), KaféHaeverk (Oslo) Roulette Intermedium (NY), Centro de Experimentación del Teatro Coloń (BsAs), Festival Internacional de Jazz de Buenos Aires, M3 Festival (NYC), Festival 30nits em Barcelona, Der Bloede dritte Mittwoch Series e Smallforms em Viena, Kottinspektionen (Uppsala), VII Festival Internacional de Improvisação em Hurta’ Cordell, Madrid, Festival Internacional Experimenta em Buenos Aires.

Vasco Trilla
Vasco Trilla (Barcelona) é um dos bateristas mais ativos, versáteis e criativos da cena europeia. Gravou mais de 100 álbuns, que vão desde a improvisação livre, jazz rock, rock progressivo, metal e música ambiente. Com seis álbuns a solo lançados internacionalmente, estabeleceu-se como uma das vozes principais da percussão criativa. Os principais atributos do seu sucesso parecem consistir em três fatores: imaginação, experiência em vários géneros musicais e a busca constante pela expansão dos limites do instrumento. Nos últimos anos, tornou-se uma das vozes mais sólidas e procuradas da cena europeia de improvisação livre.
Lançou álbuns em editoras como Clean Feed Records, Cuneiform Records, No Business, Not Two, Astral Spirits, Klopotec, Fmr records, Fundacja Sluchaj, Multikulti Project, Spontaneous Music Tribune, Raw Tonk, Creative Sources, Discordian Records, Gusstaff records, Urpa i Musell e Tripticks Tapes.
Colaborou com Jamaaladeen Tacuma, Ra Kalam, Bob Moses, Mars Williams, Patrick Shiroishi, Elliot Sharp, Steve Swell, Susana Santos Silva, Jasper Stadhouders, entre muitos outros. Fez digressões internacionais, incluindo Brasil, China, Indonésia, Rússia, Noruega, Polónia, Portugal e Alemanha.

Zénite Azul é um projecto que procura o ponto da esfera celeste que está diretamente acima dos lugares de vida que Maria do Mar, Tracy Lisk e Helena Espvall ocupam no planeta Terra. Um trio que procura o auge, o apogeu, o ponto mais alto da audição, essa audição intencionada, focada, que conduz à produção de som. A violinista, a baterista e a violoncelista propõem-se investigar as possibilidades de sinestesia que estão nos sons, imaginando que cores trazem, que sensações transportam, ligando o que há de mais profundamente humano com o mais-do-que-humano, com o não-humano, com o horizonte de todas as coisas. O instante criativo elevando-se em direção à eternidade.

Maria do Mar
Maria do Mar é uma violinista eclética com um percurso transdisciplinar. A sua abordagem criativa explora convergências e divergências entre a música erudita, as modalidades alternativas de ensino, a música experimental e improvisada, o cinema, o teatro, a dança e o ativismo. Desenvolveu trabalho de improvisação com Butch Morris, Carlos “Zíngaro”, Joelle Léandre, Paulo Curado, Sei Miguel, Miguel Mira, Joana Guerra, Helena Espvall, Adriana Sá, Paulo Chagas, Juan Calvi, Rodrigo Amado, Lula Pena, Noel Taylor, David Rothenberg, Sofia Borges, Atau Tanaka. Procura no seu trabalho um universo amplo, o desenvolvimento de uma linguagem pessoal, com fronteiras estéticas esbatidas, onde se abrem possibilidades transversais e sem limites criativos.

Tracy Lisk
Tracy Lisk é percussionista e pintora. A sua trajetória como pintora informa a
substância das suas improvisações, que contêm referências a estruturas rítmicas enquanto mantêm uma continuidade fluida e suspensa. Lidera grupos de percussão e faz digressões regulares como baterista nos EUA e na Europa. Colaborou com Maria do Mar, Gary Hassay, William Parker, Matt Shipp, Dave Burrell, Steve Swell, Andrea Pensado, Mia Zabelka, Maggie Nicols e o dançarino de butô Ryuzo Fukuhara, entre outros.

Helena Espvall
A violoncelista/guitarrista Helena Espvall vem sedimentando um percurso musical rico e diverso, entre a folk, a música experimental e a improvisação livre. Originária da Suécia, viveu vários anos em Philadelphia, USA, e reside em Lisboa desde 2012. Integrou as bandas Espers e The Valerie Project, formou o duo Anahita com Tara Burke (AKA Fursaxa), e colaborou com músicos como Vashti Bunyan, Damon & Naomi, Marissa Nadler, Bert Jansch, Mary Lattimore e Steve Gunn. Gravou dois álbuns em Tokyo com o Masaki Batoh, líder da banda psicadélica Ghost, que foram editados da Drag City Records. Faz parte de Lantana, colectivo de improvisadoras que tem tocado nos festivais Lisboa Soa, Jazz Ao Centro, Coimbra, Jazz 2020, Gulbenkian, e Festa do Jazz 2022 e colaborado com Lula Pena. Espvall tem também desenvolvido trabalho em nome próprio, tocou concertos a solo no Out.Fest, Casa do Comum, Lounge, Damas, ZDB, e Panteão, e actualmente é uma figura muito activa na cena improvisada lisboeta, tem colaborado com Norberto Lobo, Vítor Rua, Carlos Zingaro, David Maranha, Sei Miguel e Tó Trips, entre outros.