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Artes Visuais
Exposições

Fricção Científica

— exposição de Beatriz Capitulé

25.05 — 21.09.25
Galeria Zé dos Bois

Inauguração: 25 de Maio às 18h

Horário:
Segunda a Sábado
18h — 22h

No 49 (entrada pela Livraria)

Fricção Científica
© Bruno Lopes
© Bruno Lopes
© Bruno Lopes

Um tiro. Drrrrrrhhh. Uma linha. Drrrrrrrhhhh.
Parecem disparos, numa só direcção.
Gestos que atropelam as marcas no papel; mas após o primeiro disparo, uma nova fenda.
Não nos enganemos. A Beatriz está mais uma vez a tentar encenar qualquer coisa, um novo território talvez, uma catástrofe que se dobra e se desdobra ao longo da exposição.

Primeiro aparece o desenho, em papel e a grafite, às vezes a marcador ou a esferográfica, depois a manipulação digital, o acetato impresso, a retroprojecção, o redesenhar na tela com as dezenas de marcadores permanentes, e finalmente a textura da lã, pressionada na tela.

Fricção científica é um equilíbrio entre intenção e acidente, o intervalo entre a linha que é escolhida e a que se sobrepõe à anterior. As linhas fazem o que querem. Uma empurra a outra, que empurra a outra — traem a fonte.

Deformações criadoras, desaterros da percepção e do processo, a imagem como uma entidade instável. É a abstracção como uma inteligência lenta e material. O compromisso com o inquietante e o inapreensível, uma prática estruturada numa forma de geologia estética, não só no motivo, mas para além disso; na transformação das obras num registo estratificado de pensamento, uma arquitectura do tempo e da pressão.

Adaptado do texto de João Francisco Reis e Rafael dos Santos.

Beatriz Capitulé

Beatriz Capitulé (Azeitão, 1998) vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Artes Cénicas com especialização em Pintura, Construção e Adereços pela Rose Bruford College, Londres,
anteriormente frequentou os cursos de Desenho e Pintura no Ar.Co, Lisboa.
Das exposições colectivas destaca SINGSONG, Galeria Zé dos Bois, Barroco Tropical, Kulturzentrum Pavillon e Blind Taste, ARBAG.
Até 2021 trabalhou em diversas produções destacando Cinderella de Andrew Lloyd Webber, The Gillian Lynne Theatre, Furious! The Ballad of ’72 de Steven Dykes e Callum Patrick Hughes, Rose Theatre e Fairview de Jackie Sibblies Drury, Young Vic Theatre.

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