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Música
Concertos

Sílvio Rosado apresenta ‘Há Espaço para Todos’

qua08.10.2521:00
Galeria Zé dos Bois


Sílvio Rosado © João Paulo Serafim
Rodrigo Amado © Tiago Pereira
Hernani Faustino
João Pereira © Vera Marmelo
Luísa Levi
Francisco Vidal © Rui Major
Capa Há Espaço para Todos © Francisco Vidal

Durante o ano de 2024, mergulhei profundamente na criação de um disco de canções. Este projeto nasceu com o apoio criativo do irmão Tiago Pereira que carrega a mochila do que resta das nossas raízes da arte popular Portuguesa, juntos moldamos uma visão forte, onde percebi quem sou e de onde vim.
Ao longo do processo de criação e gravação das maquetes, tive o privilégio de colaborar com músicos incríveis. Luísa Levi foi uma das primeiras a entrar no projeto; a empatia musical entre nós foi instantânea e desenvolvemos com a sua voz momentos mágicos. Gregory Rogove, um baterista americano cujas criações e colaborações me cativaram profundamente, foi outro convite certeiro. A sua abordagem à bateria trouxe uma energia única às canções.
Finalmente, concretizei dois desejos antigos: um de tocar com o meu mestre do contrabaixo Hernâni Faustino, um músico que admiro há muitos anos, mas com quem nunca tinha tido a sorte de trabalhar; dois de tocar ao lado do brilhante Rodrigo Amado, cuja sensibilidade no saxofone trouxe uma dimensão arrebatadora às composições.
A capa do disco precisava de ser algo universal, algo que falasse a todos. Para essa missão, só podia contar com o meu amigo Francisco Vidal, eu e ele numa ocupação que fizemos os dois do CCB no aniversário do público. (é esse o nexo). a Fotografia da capa tirada na fundição de oeiras onde está exposta numa parede é do grande amigo João Paulo Serafim (fotógrafo e professor).

O espectáculo é uma performance inovadora com vários artistas, unindo vozes e letras poéticas, muita improvisação, numa experiência única. Um Happening com a energia poética de cada um. O espectáculo transforma-se em cada sessão, criando espaços diferentes de exploração a partir dos devaneios poéticos do criador. O público será convidado a mergulhar numa éspecie de terreiro mágico sonoro e visual que celebra a criatividade e a liberdade da arte. Musica poesia dança e pintura do Francisco Vidal em tempo real….

Sílvio Rosado

Músico, compositor e artista visual, SÍLVIO ROSADO foi membro fundador das bandas Flood, Primitive Reason, Luna Sea Sane, e Nicorette. Compôs a banda sonora de uma peça original para a Companhia do Chapitô – O Homem que Perde a Sombra -, onde trabalhou em parceria com o maestro e compositor Paulo Brandão, bem como ELECTRA e Napoleão ou o complexo de Épico.
Compositor musical para dança, salienta-se a sua última obra com a companhia Vaca Magra, Violência das coisas invisíveis, peça fruto de uma residência artística com a companhia da OLGA RORIZ. Membro fundador do “Bordell”, projeto visual e musical.
Compositor e sonoplastia regular de filmes e documentários do Realizador Tiago Pereira Membro fundador do coletivo SAMPLADÉLICOS juntamente com Tiago Pereira.
Criador de uma escultura sonora encomenda de uma parceria TORRE DO TOMBO E CÂMARA MUNICIPAL DE BELMONTE, onde criou uma instalação sonora à luz da carta de Pêro Vaz de Caminha do Achamento do Brasil. Com elementos da população local.
A sua composição vai de encontro às suas raízes para a seguir as friccionar, criando-lhes contextos novos e outras formas de vida. O seu trabalho é uma encenação do possível a partir dos conceitos pessoais de cada um do que é a tradição e o património.
Em 2021 lança o seu primeiro álbum a solo, pela Música Portuguesa A gostar dela Própria. Um dia, como se um oráculo dos cordofones falasse com ele, percebeu que tinha sido escolhido por um instrumento, o ukulele, e começou a tocar com ele em todo o lado, na praia, nas ruas da cidade, no campo, em casa, com os filhos. E de certa forma, aquele cordofone pequeno começou a fazer parte integrante dele. Nasceram músicas e tantas que o nome para o seu primeiro disco, tal como um escritor que escreve um diário, tinha de se chamar ou Tomo 1 ou Volume 1. Com este projecto ele honra todos os artistas eremitas que criam para eles mesmos e depois são generosos o suficiente para dar e mostrar ao mundo. Em 2022 colaborou na criação com a encenadora e criadora Cláudia Nóvoa e fez Música Original e Interpretação na peça UM HOMEM E SEU CRIADO.
EM 2023 Colaborou na criação e interpretação e composição da peça Roda-Viva (a Menina e o Círculo) de Cláudia Nóvoa Uma viagem pelo território dos sonhos e da imaginação que combina circo, dança, desenho e música. Juntamente com Rachel Caiano e Carolina Vasconcelos.

Rodrigo Amado

Nomeado, pelo décimo primeiro ano consecutivo, pela prestigiada El Intruso International Critics Poll (mais de 50 críticos, de 18 países) como um dos cinco melhores saxofonistas tenor em atividade, ao lado de Evan Parker, Joe Lovano, Charles Lloyd, Ken Vandermark, Jon Irabagon, Ivo Perelman, James Brandon Lewis, Chris Potter ou Ingrid Laubrock, Rodrigo Amado lançou em 2023 o primeiro álbum de The Bridge, o seu novo quarteto all star partilhado com três nomes de topo do jazz de vanguarda mundial – Alexander von Schlippenbach, Ingebrigt Haker Flaten e Gerry Hemingway. “Beyond the Margins” (Trost) foi unanimemente aclamado pelo público e pela crítica como uma peça-chave da nova improvisação europeia. Em 2024, um dos seus períodos mais intensos até à data, lançou mais dois álbuns que entraram em muitas das listas de Best Of desse ano – “La Grande Crue” (No Business), o quarto álbum do trio The Attic, e “Wrecks” (Nariz Entupido), o álbum de estreia do seu duo com o organista David Maranha. 2025 promete ser mais um ano intenso para Amado, estando já confirmado o lançamento de mais dois novos álbuns – “Further Beyond”, o segundo registo de The Bridge, e “The Healing”, também o segundo do duo que mantém com o baterista Chris Corsano.
Com The Bridge, com o seu quarteto americano (Joe McPhee, Kent Kessler and Chris Corsano), à frente dos Motion Trio, com Miguel Mira e Gabriel Ferrandini, ou integrado nos Humanization Quartet, Amado realizou nos últimos anos inúmeras tournées na Europa e nos Estados Unidos, tendo passado por salas de referência como o Snug Harbor em New Orleans, Hideout em Chicago, The Stone em Nova Iorque, Bimhuis em Amsterdão, DOM em Moscovo, Quasimodo em Berlim, Stadtgarten em Colónia, Jazz House em Copenhaga, Cafe Oto em Londres, Pardon To Tu em Varsóvia, De Singer em Antuérpia, Manufaktur em Estugarda, a Philharmonie no Luxemburgo, Ha Concerts em Gent ou a State Philharmony Hall em Oradea, vendo o seu trabalho aclamado em publicações internacionais de referência como a revista The Wire, ou os jornais El País e Folha de São Paulo. Com uma série de novos projectos previstos para 2025 e 2026, Amado afirma-se, cada vez mais, como um dos mais destacados improvisadores Europeus. Como refere o crítico e escritor norte-americano Stuart Broomer nas liner notes que escreveu para “This Is Our Language”, “Amado is an emerging master of a great tradition, more apparent with each new recording or performance.”

Hernâni Faustino

Em 1985 integrou os Aix la Chapelle e nos finais de 1986 forma os K4 Quadrado Azul que em 1988 venceram a 2ª edição do Concurso “Novos Valores da Cultura”, organizado pelo Instituto Português da Juventude.
Colaborou com a companhia de teatro O Olho, criando a música para a peça “El – Levando-os aos Ombros em Passo de Marcha Sincopada ao Quarto tempo”, que ganha uma menção honrosa do prémio Maria Helena Perdigão, ACARTE, Fundação Calouste Gulbenkian em 1992.
A partir da década de 90 começa a tocar contrabaixo e dedica-se apenas à música improvisada.
Em Novembro de 2007 fundou o RED trio com o pianista Rodrigo Pinheiro e o baterista Gabriel Ferrandini. O primeiro disco do trio foi considerado o debut do ano para a publicação The New York City Jazz Record de Nova Iorque em 2010.
Actualmente integra os grupos Motian & More, Manifesto com o José Lencastre e Susan Alcorn e o Rodrigo Amado Unity. Colabora habitualmente com os músicos Sei Miguel e Ernesto Rodrigues. Integrou o Trio/Quintet do saxofonista japonês Nobuyasu Furuya com o qual gravou “Bendowa” para a editora portuguesa Clean Feed, considerado o debut de 2009 pelo jornal da especialidade, The New York City Jazz Record de Nova Iorque.
Em 2019 fez música para a peça de teatro “E eles não racharam” com apresentações no Museu do Aljube com encenação de Jorge Castro Guedes. É um dos co-fundadores da editora Phonogram Unit. Em 2024 faz música para as peças de teatro “Em Silêncio” e “Class Enemy” encenadas por Teresa Sobral.
Em concerto já tocou ao lado dos músicos: John Butcher, Mats Gustafsson, Nate Wooley, Alexander von Schlippenbach, Agustí Fernandez, Axel Dorner, Lotte Anker, Mattias Stahl, Carlos Zíngaro, Susana Santos Silva, Jason Stein, Robert Mazurek, Jon Irabagon, Daniel Carter, Peter Evans, Elliott Levin, Dennis Gonzalez, entre outros.

João Pereira

Nascido em Lisboa, João Pereira é músico, compositor e performer presente numa miríade de estilos e contextos criativos, cruzando várias áreas como o jazz, a música improvisada, o teatro, a dança e o cinema. É membro fundador da editora, promotora e colectivo Robalo Music e programador no Café Dias.

Luísa Levi

Cantora e compositora. Uma das fundadoras da Peixinhos da Horta, projeto que conjuga o canto e a poesia portugueses.

Francisco Vidal

Francisco Vidal não é de hoje e o seu nome soa por cá e por lá. Licenciado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Arte & Design das Caldas da Rainha e com o Master em Fine Arts pela School of Visual Arts da Columbia University, em Nova Iorque, é um nome incontornável
da pintura, do desenho e do gesto que se faz cor, se faz África e se faz magia. Com um percurso iniciado no novo milénio, as obras deste artista integram prestigiadas coleções nacionais e internacionais, podendo destacar-se a da Fundação EDP, Fundação Calouste Gulbenkian ou a Coleção Cachola e Sindika Dokolo entre tantas outras.

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