Saxofonista de rodagem imparável e energia vital para diversas movimentações nesta e noutras cidades, reconhece-se a Pedro Sousa uma capacidade tão rara quanto natural de habitar e confundir diversas esferas musicais, que na passagem pelo jazz em várias formas, pela electrónica mais arisca, pelo rock enviesado e improvisações sem nome nem lugar nunca perde o acervo e cunho pessoal dos mais honestos e inconformados. Da parceria de longa data com Gabriel Ferrandini – em duo, Volúpias, Casa Futuro ou formações mais ou menos perenes – a EITR, colaborações pontuais com bandas como Black Bombaim ao mais recente conluio com Simão Simões. E por aí, para trás e para diante numa rede expansiva que tem sublimado uma linguagem tão continuamente nova quanto singular. Ofício abençoado. BS
