ZDB

Cinema

Estranhos Estrangeiros

— sessão de cinema com Gabriela Giffoni, Leonardo Mouramateus e Ian Capillé

sáb08.06.2421:30
ZDB 8 Marvila — Praça David Leandro da Silva 2, 1950-131 Lisboa


Eco de um soco no Osso por Gabriela Giffoni
Meio Ano Luz por Leonardo Mouramateus
O rio e seu labirinto por Ian Capillé

A sessão Estranhos Estrangeiros marca o encontro de três filmes curtos, realizados por Gabriela Giffoni, Leonardo Mouramateus e Ian Capillé, brasileiros que vivem há anos em Lisboa. Se, de um lado, os filmes têm como campo narrativo certas percepções, suspensões e choques de quem “chegou mais tarde” a um lugar, do outro, cada filme joga com a estranheza de habitar novos espaços, que se metamorfoseia numa estranheza temporal. Narrativas que jogam com tempos que se friccionam, se esbarram, carregam lapsos, dobras, labirintos – e investem numa percepção descontínua, fantasmagórica e embaralhada de uma situação.

Sessão com a presença dos realizadores, seguida de dj set por Dj Recibos Verdes.

 

PROGRAMA

Eco de um soco no Osso | Echo of a punch on the bone
Portugal, 2021, 24′ | Dirigido por Gabriela Giffoni

Nina deve retornar ao seu país natal depois de dois anos a morar fora. Na véspera do voo, ela tem um jantar com amigos, durante o qual são contadas histórias desse grupo de estrangeiros no novo país. Na manhã seguinte, no dia da viagem, Nina vive um pesadelo.

 

Meio Ano Luz | Half a Light-Year
Portugal, Brasil, 2021, 18’55” | Dirigido por Leonardo Mouramateus

Um rapaz senta-se numa rua movimentada de Lisboa para desenhar as pessoas que passam. Não muito distante, um casal conversa sobre a origem de uma carteira encontrada meses antes. A luz de um momento é reflectida sobre o outro.

 

O rio e seu labirinto | The river and the labyrinth
Brasil, Portugal, 2023, 23′ | Dirigido por Ian Capillé

De um lado do rio Tejo, Clara acaba de se mudar para o seu novo apartamento. Do outro, um homem deambula pela noite. Com o passar do tempo, ambas as margens se fundem lentamente, e o que parece deixado para trás no passado pode sempre estar à espera no futuro.

Gabriela Giffoni

(Rio de Janeiro, 1994) é realizadora, criadora e roteirista. Gabriela tem trabalhado nos seus filmes, assim como nas suas dramaturgias para teatro, em diferentes formas de autoficção. Os seus filmes e histórias acontecem num campo híbrido entre o documental e a forma narrativa ficcional. A experiência como dramaturga e a formação paralela no teatro e na performance, influenciam bastante a forma como pensa os processos, as produções e os trabalhos com os actores. A suas curta-metragens “Killing me Softly” (2020) e “Eco de um soco no osso” (2021), que rodaram em festivais como IndieLisboa, Curta Cinema e Caminhos do Cinema Português, são exemplos disso e ainda apresentam duas outras temáticas comuns aos seus projectos: de um lado, personagens em situação de mudança de país, imigração, sentimento estrangeiro e, do outro, a representação “estranha” de um passar do tempo. O seu mais recente projecto, a longa “Estranho, estranho, estranho”, conta com a tutoria do director argentino Matías Piñeiro. Gabriela tem graduação em Audiovisual (pela UFRJ) e especialização em Criação Fílmica (pela Escola de Cinema Elías Querejeta) e em Literatura (pela Universidade Nova de Lisboa). Como roteirista assinou projetos para Amazon, HBO, Globoplay e RTP. Faz parte da MUTIM – Mulheres trabalhadoras das Imagens em Movimento.

Leonardo Mouramateus

(Fortaleza, 1991) é um realizador, dramaturgo e roteirista brasileiro baseado em Lisboa desde 2014. Doutorando em Artes Performativas e da Imagem em Movimento pela Universidade de Lisboa/Instituto Politécnico, Mestre em Arte Multimédia pela FBAUL (onde recebeu o Prémio Faculdade de Belas-Artes/Caixa Geral de Depósitos), trabalha em permanente contacto com as Artes Performativas e a Dramaturgia em Dança desde 2010, tendo dirigido filmes exibidos em festivais em todo o mundo como Locarno, Viennale, IDFA, Cinéma du Réel e Bafici. Retrospectivas do seu trabalho foram exibidas em França (Cinemateca Francesa), Colômbia e Holanda (Festival de Roterdão). “António Um Dois Três” (2017), uma co-produção luso-brasileira e a sua primeira longa-metragem, estreou no Festival de Roterdão. “A vida são dois dias” (2022), segunda longa-metragem, estreou na competição internacional do FIDMarseille, onde obteve uma menção honrosa. “Greice”, a sua terceira longa, estreou em 2024, também no Festival de Roterdão.

Ian Capillé

(1991) é montador e cineasta. Natural do Rio de Janeiro, vive actualmente em Lisboa, onde concluiu um mestrado sobre realismo e fantasmas no cinema, sob orientação de Susana de Sousa Dias. Montou filmes para directores como Maria Clara Escobar, Leonardo Mouramateus, Diogo Baldaia, Helena Estrela, Yuri Firmeza e Gabriela Giffoni. Ian é fundador da Filmes Fantasma, empresa que partilha com Gabriela Giffoni para a produção e distribuição dos seus filmes, que foram exibidos e premiados em festivais no Brasil, Portugal, Espanha, México, Colômbia, Itália, Grécia, Japão, Reino Unido e EUA. É também um dos fundadores do Laboratório da Cave, um colectivo de artistas para aprender e trabalhar com filme 16mm e cinema analógico, e membro da CORTE – Associação Portuguesa de Editores de Cinema e Audiovisual. Gosta de cachorros e longas caminhadas.

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