A Associação Zé dos Bois (Portugal) e a Associação Kulungwana (Moçambique) apresentam, em parceria com o Museu Nacional de Arte, o Camões – Centro Cultural Português e o Instituto Guimarães Rosa, em Maputo, Nanquim Preto sobre Fundo Branco, uma exposição individual do artista João Ayres (1921-2001).
A inauguração desta exposição tem lugar dia 31 de Julho, às 17h30, com início na Galeria Kulungwana, e continuidade nos outros espaços culturais envolvidos, nomeadamente no MUSART, no Instituto Guimarães Rosa e no Camões, onde encerra às 20h30, disponibilizando ao público, na mesma noite, uma visita geral a esta mostra inédita conjunta.
Nanquim Preto sobre Fundo Branco conta com a curadoria de Natxo Checa (Portugal) e Alda Costa (Moçambique), ocupa os quatro espaços parceiros em simultâneo e é composta por um conjunto alargado de pinturas e desenhos, produzidos por João Ayres, entre 1947 e 1970, em Maputo. A exposição apresenta e propõe olhar para as três primeiras décadas de produção artística de João Ayres, repondo a sua importância histórica e artística como precursor do Modernismo em Moçambique.
É um regresso à casa mãe, ao território de produção de obras, cujo carácter apresenta pontos de convergência com as correntes intercontinentais vigentes na época (África do Sul, Brasil, Portugal, Moçambique, entre outras). Depois de décadas esquecido, tanto em Moçambique como em Portugal, e após uma primeira bem sucedida mostra em Lisboa (2022/2023), na Galeria Zé dos Bois, onde se expôs pintura e desenho que recolhia a primeira década de produção moçambicana do artista (1946-1957), é chegado o momento de uma apresentação mais alargada da obra de João Ayres, que devolve ao público de Maputo, após mais de 50 anos, a oportunidade de tomar contacto, de fruir e de valorizar o trabalho extraordinário de raiz africana que passa pelo neorrealismo, o concretismo e o expressionismo, ora figurativo ora abstracto.
A programação complementar a esta exposição é composta por uma sessão de exibição do filme João Ayres, Pintor Independente (2022), de Diogo Varela Silva, no dia 2 de agosto, às 18h00, no Instituto Guimarães Rosa, e por visitas guiadas, entre outras atividades.
A exposição tem entrada livre (à excepção do Museu Nacional de Arte, onde se aplicam as condições de acesso em vigor) e fica patente até dia 27 de Setembro de 2024.