ZDB

Transdisciplinar
Lançamentos

Escola Provisória Para Nada

— Aprender a mentir

sáb16.12.2315:00
ZDB 8 Marvila — Praça David Leandro da Silva 2, 1950-131 Lisboa


Quais são as condições mínimas?
—Um grupo de pessoas
—uma duração
—um espaço
—e o mínimo de protocolo

A ZDB convida a Escola Provisória Para Nada a ir a Marvila “aprender a mentir” como pretexto para o lançamento do livro, uma publicação que pensa com outros esta escola, escolas próprias, possíveis e impossíveis. Convidámos por isso artistas que constam neste volume a criar instalações, concertos, performances e improvisações em modo maratona/happening—Alexandre Balgiu, Pedro Barateiro, Sara Graça, João dos Santos Martins, Cracked Bolos, Tomás Cunha Ferreira, Maki Suzuki & Lppl, João Polido, Sara Vaz & Marco Balesteros, com contribuições dos alunos Elsa Baslé, Beatriz Baião, Chloé Gourvennec, Calvin Kudufia, Frederico Teixeira, Moritz Schöttmueller, Márcia Mendonça, Leyre Léon.

Aprender a mentir é uma forma de habilidade que a epistemologia da falácia exige. O livro, por sua vez, cristaliza realidades impossíveis nas quais se depositam crenças. Estamos a ludibriar, mas a pergunta persiste: estamos a dissimular conhecimento, ou, pelo contrário, estamos a reconhecer o valor da ignorância? Neste intrincado jogo de enganos, associamo-nos a amigos que partilham as mesmas ficções, ou melhor, as mesmas mentiras. Juntos, lançamo-nos para uma p(o)edagogia do abismo, que não se foca no que já se sabe, mas sim no que se intui e se vai construindo.

Paul Feyerabend disse: ‘A história da ciência, afinal, não se resume apenas a factos e conclusões retiradas de factos. Ela também contém ideias, interpretações dos factos, problemas criados por interpretações conflituosas, erros e assim por diante. […] Sendo esse o caso, a história da ciência será tão complexa, caótica, cheia de erros e cativante quanto as ideias que ela contém, e essas ideias, por sua vez, serão tão complexas, caóticas, cheias de erros e cativantes quanto as mentes daqueles que as inventaram.’

Escola Provisória Para Nada pretende pensar a escola, não como instituição mas como fundação, princípio primordial para a ação, para uma visão do mundo, para um viver em conjunto, como construção social ampla. A escola que imaginamos é uma escola de reforma, um lugar de revolução, de resistência, de participação, um exercício provisório, não eficaz, em transição, não fixo, para nada, não produtivo e de uso criativo do lazer através da prática artística e performativa. Uma escola que contrapõe o No-How ao Know-how instituído.

*Programa acidental

15h—00h ‘Guichet de poesia’ performance de Alexandre Balgiu

15h—00h ‘Field Notes on Provisional School For Nothing’ improvisações e publicações em tempo real pelos participantes da Escola Provisória Para Nada—Elsa Baslé, Beatriz Baião, Chloé Gourvennec, Calvin Kudufia, Frederico Teixeira, Moritz Schöttmueller, Márcia Mendonça, Leyre Léon

15h ‘Show de bolo’ aula de Cracked Bolos

16h30 ‘Coreografia em sala de aula’ de João dos Santos Martins com Adriano Vicente

17h Performance de Sara Graça

18h Lançamento performativo do livro da escola de Sara Vaz & Marco Balesteros + Concerto de Tomás Cunha Ferreira

19h30 Jantar volante

21h ‘I am embarrassed by my father’ performance de Maki Suzuki & Lppl

21h30 ‘My body, this paper, this fire’ performance de Pedro Barateiro

22h ‘Bluaauaaarrrg’ performance de Sara Vaz com Elsa Baslé

23h ‘Mundo Imediato’ concerto espacializado de João Polido

*Estes horários são aproximados e sujeitos a acidentes, interferências e sobreposições.

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