Harri Sjöström
Nascido em 29 de fevereiro de 1952 em Turku, Finlândia, encontrou a sua voz na música no saxofone soprano e sopranino. Os seus estudos de música e belas-artes no Lone Mountain College, na Universidade de São Francisco e no San Francisco Art Institute nos anos 70 levaram-no diretamente a workshops de John Cage, Bill Dixon, Vinko Globokar, George Russell e dos seus professores de saxofone Leo Wright e Steve Lacy. De regresso à Europa em 1978, começou a trabalhar com Derek Bailey, Teppo Hauta-aho, Paul Lovens, John Russell, Paul Rutherford e Alexander von Schlippenbach. Realiza, desde então, um extenso e contínuo trabalho como músico freelancer, compositor e fundador de ensembles interdisciplinares nas áreas da música improvisada contemporânea e de projetos multimédia.
Ernesto Rodrigues
Violinista há 30 anos, tocou já todos os géneros musicais durante esse período, desde a música contemporânea ao free jazz e à improvisação, ao vivo e em estúdio. A relação que estabelece com os seus instrumentos foca-se em elementos sónicos e texturais. A música eletrónica foi uma influência inicial na sua abordagem à execução dos instrumentos, desafiando, através da preparação e do micro-tuning, os tradicionais conceitos românticos associados ao violino e à viola de arco. Ativo em diferentes contextos na cena portuguesa da música livre improvisada, tanto colaborando como liderando os seus próprios grupos, nas áreas da Dança, do Cinema, do Vídeo e da Performance. Em 1999, fundou a editora Creative Sources Recordings, particularmente dedicada à edição de música experimental e eletroacústica.
Guilherme Rodrigues
Violoncelista, improvisador, explorador sonoro e compositor, oriundo de Lisboa, Portugal. Nasceu em 1988 e iniciou estudos de violoncelo e trompete aos sete anos, na Orquestra Metropolitana de Lisboa e mais tarde no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, estudando teoria musical e música clássica até aos 23 anos. Com uma abordagem intuitiva à improvisação e à exploração de timbres, usando técnicas tanto clássicas como extensivas, a sua música é excitante, polirrítmica e cheia de contrastes. O seu trabalho sonda a fisicalidade do espaço onde ocorre a audição. A sua música, composta simultaneamente por elementos acústicos e eletroacústicos, tem sido descrita como delicada, intensa, focada e física. Além de trabalhar em conjuntos musicais que vão do clássico contemporâneo à improvisação livre, trabalha frequentemente com bailarinos. Faz parte da editora discográfica Creative Sources Recordings, é diretor musical da Galeria de Arte Contemporânea Hosek e membro ativo da Reanimation Orchestra. Tem seguido uma carreira profissional na música desde 1997 e apresenta-se em concertos e workshops por toda a Europa e Ásia. Vive actualmente em Berlim.
Pedro Melo Alves
Pedro Melo Alves é um dos mais proeminentes bateristas e compositores da recente cena musical avant-garde portuguesa. Explorador das possibilidades expandidas da percussão, improvisador, compositor ambicioso em formações grandes e pequenas, o seu trabalho é conhecido pela atitude exploratória e por cruzar com ousadia diferentes circuitos estéticos, desde o jazz e o erudito, à música eletrónica, experimental e rock. Tendo sido galardoado com múltiplos prémios e nomeações (Prémio de Composição Bernardo Sassetti, Premio Internazionale Giorgio Gaslini, El Intruso Melhor Grupo Revelação), tem estado cada vez mais presente no panorama musical internacional, apresentando os seus projectos em eventos como Jazzahead (Alemanha), 12 Points Festival (Irlanda), Europe Jazz Conference (Portugal), Saalfelden Jazz Festival (Áustria), Ljubljana Jazz Festival (Eslovénia), Suoni Per Il Popolo (Canadá), Südtirol Jazz Festival (Itália) ou Jazz em Agosto (Portugal).