O trabalho de Ivo desenvolve-se em duas vertentes principais: o seu trabalho em atelier, e a as viagens de pesquisa e estudo. No âmbito da primeira, a sua pintura assume um carácter de maior permanência, explorando suportes como tela, madeira e azulejos, e materiais de registo como o óleo e o acrílico e, mais recentemente, a serigrafia. A segunda vertente, que gosta de designar por “atelier ambulante”, tem um carácter mais fugaz, ligado ao quotidiano, à viagem, onde explora os mais diversos materiais de registo sobre suporte de papel e tecidos. Neste último contexto mantém, desde 1995, os seus Diários Gráficos. De1997 a 1999, Ivo foi convidado a desenvolver o seu trabalho, sob a orientação da Pintora Luísa Soeiro, na Associação dos Ateliers de S. Paulo, em Lisboa e mantém, atelier individual na Galeria Zé dos Bois desde1999. Em Outubro de 2000 deslocou-se por 4 meses ao Brasil em busca de novas dinâmicas criativas, onde contactou com diversos artistas locais a partir de um atelier em S. Salvador da Bahia.Em Fevereiro de 2002 deslocou-se à Índia, onde permaneceu por mais de um ano com atelier em Pangim e apresentou uma exposição individual.
As peças que compõem a exposição de Ivo na ZDB foram criadas após o seu retorno de Goa. Reflectem um conjunto de referências resultantes da influência da cultura hindu e tribal, que se manifesta no universo criativo, nas escolhas de tonalidades e no nível de complexidade de elementos de composição.