A sessão na ZDB, dia 3 de Julho, será apresentada por Bárbara Janicas.
Thèmes et variations
Germaine Dulac, 1928
16mm, b&w, sil., 9min
“Tudo dança na natureza (Exemplos: Uma cabeça num automóvel, com os cabelos ao vento. Uma árvore agitada pela brisa. Flores, pássaros, nuvens, ervas… Certos animais, balões de crianças, tecidos, até máquinas, sobretudo.).”
– Germaine Dulac
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A study in choreography for camera
Maya Deren, 1945
16mm, b&w, sil., 3min
“Concebi este filme como uma amostra de cine-dança – ou seja, uma dança tão intimamente
ligada à câmara e à montagem que não pode ser ‘executada’ como tal em qualquer outro lugar que não neste filme em particular. (…) Espero sinceramente que a cine-dança se desenvolva rapidamente e que, como fruto deste desenvolvimento, se inicie uma nova era de colaboração entre dançarinos e cineastas – ao longo da qual eles unirão as suas energias e talentos criativos ao serviço de um forma de arte integrada.”
– Maya Deren
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Ritual in transfigured time
Maya Deren, 1946
16mm, b&w, sil., 15min
“Ritual in transfigured time aprofunda essa ideia de criar a dança a partir de elementos externos. Além de Rita Christiani e Frank Westbrook, nenhuma das pessoas que aparecem no filme são dançarinos e, à exceção de uma breve sequência, os movimentos executados não são movimentos de dança. O que faz deste filme um filme de dança é que todos os movimentos – estilizados, incidentais ou detalhados – estão diretamente ligados entre si como parte de um todo que é o filme, segundo um conceito coreográfico.”
– Maya Deren
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Visual Variations on Noguchi
Marie Menken, 1945
Digital, b&w, sound, 4min
“A grande proeza do cinema de Menken é a conciliação entre o prazer da descoberta do acaso e um meticuloso trabalho artesanal. Ela foi a primeira cineasta americana a inventar uma gama de automatismos capazes de produzir filmes marcantes. Ela conquistou uma liberdade sem precedentes ao mover-se com a câmara na mão, incorporando hesitações, acidentes e até erros na construção dos ritmos da montagem.”
– P. Adams Sitney
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Arabesque for Kenneth Anger
Marie Menken, 1961
Digital, color, sound, 4min
“Ela observava através da câmara, uma pequena câmara, e eu guiava-a enquanto ela se movia para que não tropeçasse e caísse. Eu estava atrás dela, éramos uma espécie de tandem (…), Marie dançava com a sua câmara. Ela tinha um olhar dançante e uma maravilhosa atenção aos detalhes.”
– Kenneth Anger
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Introspection
Sara Kathryn Arledge, 1946
Digital, color, sound, 6min
“Ao criar este filme, investi-me inteiramente nele: os meus olhos, os meus sentimentos, a minha intuição e o meu espírito crítico. (…) Tentei usar a minha imaginação para suscitar no público uma reflexão serena mas consciente, que fosse o oposto de algo como um transe hipnótico.”
– Sara Kathryn Arledge
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Element
Amy Greenfield, 1973
16mm, b&w, sil., 11min30
“Um filme visceral como existem poucos, Element é um clássico dos filmes de dança de
vanguarda, na tradição das realizadoras que utilizam os seus próprios corpos nus para fazer uma poderosa declaração visual de feminilidade.”
– Collectif Jeune Cinéma
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Tall Arches
Doris Chase, 1974
16mm, color, sound, 6min40
“Este filme foi feito a partir de um espetáculo de Mary Staton cuja coreografia incorporava
esculturas de Doris Chase: três arcos móveis em forma de ninho. O filme é muito mais do que uma simples captação do espetáculo; através do uso de uma impressora óptica, Doris Chase cria silhuetas coloridas que se encaixam umas nas outras e aparecem como múltiplas sombras dos dançarinos.”
– Collectif Jeune Cinéma