ZDB

Cinema

Corpos e grafias / Coreias gráficas

— sessão #3 Radicais Livres

qua17.07.2419:00
sex19.07.2422:00
Quarta na Galeria Zé dos Bois (Rua da Barroca, 59)
Sexta na ZDB 8 Marvila (Praça David Leandro da Silva, 2)


Begone Dull Care, 1949, Norman McLaren
Lichtspiel Opus I, 1921, Walter Ruttman
Demoni, 2012, Theodore Ushec
7362, 1967, Pat O'Neill
Loïe, 2023, Noe Balthazard
Rainbow Dance, 1936, Len Lye
Reasons to be glad, 1980, Jeff Scher
Dancing in the grain, 2023, Dominique Willoughby

Sessão #3 do ciclo de cinema Radicais Livres: experiências da dança no cinema experimental programado por Bárbara Janicas.

Todas as sessões do ciclo decorrem à quarta-feira, às 19h, na ZDB, e repetem na sexta-feira da mesma semana, às 22h, na ZDB 8 Marvila.

Lichtspiel Opus I
Walter Ruttmann, 1921
Digital, color, sound, 10min

“Esta técnica de pintura animada confere às formas um aspeto flutuante e irregular, uma textura modelada por toques de luz e de sombra, uma fluidez de movimento aliada a uma certa densidade. (…) Opus I é estruturado a partir de antagonismos entre formas pontiagudas e sinuosas que disputam o centro do ecrã em movimentos trepidantes ou ondulantes e rodopiantes, numa progressão que vai da apresentação dos motivos a um clima de luta de formas e, por fim, uma estase.”
– Dominique Willoughby

7362
Pat O’Neill, 196
16mm, color, sound (optic), 10min

“Na verdade, estava mais a tentar obter algo de gráfico, bidimensional, do que uma ilusão. A solarização, a impressão bi-pack (positivo/negativo) e todas as outras coisas que estava a fazer para ‘achatar’ a imagem eram simplesmente uma forma de fundir todos os fragmentos e os elementos mecânicos em algo unificado. Pensando bem, sinto que, de certa forma, o filme trata realmente de energia, de força imponderável, todas essas coisas que compõem a vida.”
– Pat O’Neill

Rainbow dance
Len Lye, 1936
16mm, color, sound (optic), 5min

“Um arco-íris aparece por detrás de um homem numa rua chuvosa, transformando-o numa silhueta colorida, e as suas roupas citadinas em roupas de caminhante. Lançando-se numa série de atividades de verão, ele dança através de uma fantasia de cores… (…) Em Rainbow dance, a cor é usada de forma ‘espacial’, ou seja, ela aproxima-se do olhar ou afasta-se dele, desaparece e reaparece segundo ritmos cromáticos precisos…”
– Len Lye

Reasons to be glad
Jeff Scher, 1980
16mm, color, sound, 4min

“Fiz este filme experimentando com um rotoscópio caseiro. Todo ele foi desenhado em cartões. É uma espécie de postal para o Dia dos Namorados, dedicado ao cinema, à vida e também a Xavier Cugat.”
– Jeff Scher

Begone Dull Care
Norman McLaren & Evelyn Lambert, 1949
Digital, color, sound, 7min50

“O trio Oscar Peterson interpreta uma série de peças do seu repertório, e Norman McLaren e Evelyn Lambart traduzem estes sons, guiados apenas pelo seu talento e imaginação livre.”
– Office national du film du Canada

Demoni
Theodore Ushev, 2012
Digital, color, sound, 3min30

“Uma história sobre uma casa, uma chaminé e um gato vermelho. A animação foi criada utilizando 50 discos de vinil, pintando diretamente sobre as chapas com marcadores de tinta a óleo, gel e acrílicos. Foram utilizadas diferentes velocidades do gramofone ‘Viking’ para criar o movimento.”
– Theodore Ushev

Dancing in the grain
Dominique Willoughby, 2023
Digital, color, sound, 5min

“Uma dança serpentina, um striptease, discos estroboscópicos, medusas, cactos insufláveis e outros fragmentos dançantes são percorridos pelos transes do grão da película em massas turbulentas. Sinking in the grain, the brain, the drain.”
– Dominique Willoughby

Loïe
Noé Balthazard, 2023
Digital, color, sound, 5min40

“Utilizando as ferramentas atuais (IA, codificação interactiva), este filme propõe atualizar a dança serpentina como protocolo de criação artística. Admirada tanto por Mallarmé como por Rodin, Loïe Fuller nunca quis ser filmada: é através de imitações da sua dança serpentina por outros, anónimos e múltiplos, que hoje temos estas imagens em movimento, que inspiraram as vanguardas artísticas até aos nossos dias. Numa altura em que a utilização massiva de algoritmos permite que máquinas aprendam a criar, minando as posições autorais tradicionais, este filme é também um manifesto por um cinema ciborgue, por uma sensibilidade colectiva e generativa.”
– Noé Balthazard

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