A guerra colonial portuguesa e as independências africanas foram períodos de intensa produção e circulação de imagens à margem do poder oficial. Uma polifonia de fragmentos dissonantes, que contradizem lugares comuns da “cultura da colonização”, é o que lentamente começa a constituir um novo material crítico, de revisão histórica.
A conversa “VISÕES DE GUERRA E CONTRACULTURA” insere-se no programa público da exposição “Alto Nível Baixo” (até dia 1 de fevereiro) e reúne convidados da área da antropologia, artes visuais, terapia e jornalismo. Abordará a guerra colonial e as independências africanas à luz de produções visuais marginais e de ruptura realizadas em Angola e na Guiné-Bissau. Práticas artísticas, xamanicas e ritualísticas sob a lente dos alucinogéneos e plantas medicinais, entre a cura e o terror colonial, engendrando processos de fabulação recíproca, de representações e de contra-representações.
